Nos celulares, eles são bem comuns. Todos os modelos IOS, por exemplo, já vêm com um aplicativo, intitulado “Buscar”, que permite ao dono acompanhar a localização do aparelho. Basta entrar na conta pessoal na nuvem.
Agora, será que existe uma maneira de rastrear objetos muito maiores que um celular, como motos, carros e caminhões?
Com a violência cada vez maior nas cidades, mesmo quem tem o conforto de dirigir um veículo particular está sujeito a vivenciar uma situação desagradável ou até mesmo perigosa no trânsito.
Por conta disso, para evitar – ao menos – os danos financeiros causados por um roubo, furto ou sequestro, empresas oferecem, no mercado, o rastreador veicular, tecnologia que indica por onde circula ou está estacionado determinado veículo.
Se você está pensando em garantir a segurança do seu veículo, ou possui uma frota de caminhões, este artigo vai auxiliá-lo a entender como funciona o rastreador veicular, onde encontrar no Brasil e quais as vantagens para quem utiliza o serviço.
Pode parecer curioso, mas a verdade é que os rastreadores funcionam como um celular que não possui tela. Isso porque a forma de comunicação deles é idêntica a dos telefones móveis, que utilizam módulos de telefonia (GSM, SMS, GPRS, GPS).
As semelhanças são tantas que os rastreadores também necessitam de um chip telefônico para serem colocados em uso. O chip possibilita que o dispositivo envie comandos via SMS para as plataformas de rastreamento através da internet.
Inclusive, apesar da internet inegavelmente facilitar o processo de localização, o rastreador veicular não está subordinado a ela para exercer sua função, uma vez que as informações de latitude e longitude podem ser recebidas por SMS.
Porém, o tempo que o suporte de uma plataforma, como o Mobiltracker, e da internet economiza na operação de rastreamento, certamente justifica o uso deles junto ao rastreador.
Então, recapitulando, o rastreamento é realizado por meio de um equipamento de geolocalização, normalmente um aparelho de porte pequeno que emite sinais através de antenas.
O aparelho pode ser colocado para funcionar com base em sistemas de radiofrequência (RS) ou, então, integrado ao Sistema de Posicionamento Global (GPS).
Os rastreadores que utilizam o sistema de radiofrequência são considerados mais avançados tecnologicamente.
Para funcionar, segundo o site Bidu, esses aparelhos “se baseiam na triangulação de sinais captados por redes formadas por grandes antenas receptoras”.
Essas antenas tornam possível a cobertura de uma área muito ampla. Além disso, são capazes de manter a qualidade do sinal mesmo em lugares fechados ou cobertos, aumentando as chances de localização do objeto.
Atualmente, a maioria das pessoas usufrui ou pelo menos conhece um aparelho GPS.
Os motoristas de táxi e uber, com certeza, estão no topo dos beneficiados dessa tecnologia, mas quem viaja pelas estradas ou aluga um carro em outra cidade ou país também pode se guiar por ela.
Aliás, se você parar para pensar, o GPS é tão poderoso e presente no nosso cotidiano que, com o Google Maps, podemos saber em instantes nossa localização no planeta Terra.
Mais do que isso, com o Google Street View, podemos viajar pelo mundo a partir da tela do computador, no conforto da nossa casa.
Isso é possível devido ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, órgão que originou o aparelho chamado de receptor GPS.
Três componentes são indispensáveis para o correto funcionamento do receptor: o espacial, o controle e o utilizador.
O componente espacial é constituído por 27 satélites encontrados em órbita, sendo que 24 deles estão ativos e o restante serve como reserva, entrando em operação caso um dos satélites principais apresente alguma falha.
Tais satélites estão orbitando na volta do planeta de forma que pelo menos quatro deles estejam sempre disponíveis em qualquer lugar da Terra, possibilitando que alguém no Brasil consiga usar o aparelho sem prejudicar uma pessoa na Bélgica que também esteja usando, por exemplo.
O componente de controle, por sua vez, é formado por cinco estações distribuídas pelo mundo cuja principal função é manter atualizada a posição dos satélites, assim como sincronizar o relógio atômico de cada um.
O “utilizador”, mencionado como último componente, é o receptor GPS. De todos os componentes, o receptor é o único que está ao alcance dos usuários, que devem adquiri-lo para utilizar a tecnologia.
Os recursos disponíveis variam conforme o modelo do receptor, mas todos são capazes calcular a sua posição.
Esse cálculo é possível por causa dos relógios internos presentes tanto nos satélites quanto nos receptores, os quais marcam a hora precisamente, em nanossegundos.
Dessa forma, quando o satélite emite um sinal – como os sinais de rádio –, o horário da emissão também é enviado, possibilitando a cronometragem do tempo que este sinal levou para chegar até ao receptor.
Com essas informações, o receptor consegue calcular a própria distância do satélite. Como estão recorrentemente sendo atualizadas a posição dos satélites, com os cálculos, os receptores conseguem determinar a sua posição exata.
Apesar de ser uma das tecnologias mais populares da contemporaneidade, o GPS pode ter uma duração limitada nas nossas vidas.
Uma provável causa para o enfraquecimento da eficácia do GPS é a quantidade de lixo espacial que orbita a Terra, causando colisões com os satélites funcionais.
Em entrevista ao G1, a diretora do Escritório das Nações Unidas para o Espaço Exterior, Mazlan Othman, afirma que “tudo que sobe ao espaço no final se transforma em lixo, o que gera um grande problema, ainda mais com as colisões de satélites que costumam deixar muito lixo no espaço”.
Ambos os modelos de rastreadores possuem vantagens e desvantagens, então depende da sua prioridade e das opções disponíveis na sua cidade.
Para os motoristas residentes em cidades com áreas de cobertura regional, ou grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, o mais indicado talvez seja o rastreador via radiofrequência.
Esse sistema, por ser imune a interrupções do sinal e a interferências internas, é especialmente útil para quem circula em lugares fechados e cobertos.
Por outro lado, para os amantes da estrada, que gostam de viajar de carro ou têm o hábito de alugar um veículo quando viajam para outros lugares, a escolha por aparelhos que operem por sinais GPS pode ser a mais ideal.
Portanto, antes de comprar um rastreador veicular, avalie suas necessidades e compare as opções fornecidas pelas empresas perto de você.
Além do rastreador, considere também fazer um seguro, pois os dois atuando juntos aumentam consideravelmente a sua segurança.
Como ter o seu carro roubado ou furtado não é a única maneira dele sofrer danos, uma apólice de seguro pode lhe amparar em várias situações.
Fique atento às oportunidades de economizar, por isso, não tenha pressa e só assine o contrato depois de avaliar muito bem todas a propostas que as seguradoras lhe ofertarem.
Pode parecer engraçado, pessimista até, mas a verdade é que a contratação de um seguro é uma excelente ação preventiva para conter danos.
Nesse sentido, o consumidor determina os serviços que considera primordiais para preservar o objeto do contrato.
Em relação aos veículos, a seguradora irá traçar um perfil de risco personalizado para o segurado, avaliando as características do motorista (sexo, idade, tempo de habilitação).
Esse perfil serve para calcular o valor do seguro, que varia de acordo com o cliente. Os condutores jovens, entre 18 e 25 anos e os homens costumam pagar valores mais altos (em função de serem a maioria entre os causadores de sinistros).
Aliás, você sabe o que é sinistro, quais os critérios utilizados para descrever sua intensidade e como avaliar o contrato da seguradora?
Sinistros são os danos causados a um veículo cujos consertos estão cobertos pelo contrato com a seguradora. Os prejuízos marcados como sinistros podem ser roubo, furto, colisão, enchente, incêndio etc.
A Resolução 544/2015 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) classifica três tipos de danos, a partir da dimensão dos estragos.
Eles podem ser de pequena, média e grande monta. A Resolução especifica, também, critérios para o preenchimento do relatório de avarias, em caso de acidentes.
A instrução é que o agente de trânsito deve assinalar “sim” no relatório quando houver dano físico a um componente de segurança passiva ou estrutural.
Se determinado componente estrutural não existir originalmente, ou existir, mas não apresentar dano, o agente deve marcar “não”.
Em circunstâncias extraordinárias, como no caso da autoridade não conseguir identificar dano em algum componente estrutural, é marcado no relatório “NA”, de não avaliado.
Com o relatório de avarias preenchido, para classificar o estrago em uma das três categorias é preciso somar os pontos. Conforme o Anexo I da Resolução 544, são elas:
1- Pequena monta
“3.2. A classificação do dano na categoria “pequena monta” dar-se-á quando o total de itens assinalados na coluna “SIM” somados aos da coluna “NA” for no máximo 1 (um) item.”
2- Média monta
“3.3 A classificação do dano na categoria “média monta” dar-se-á quando o total de itens assinalados na coluna “SIM” somados aos da coluna “NA” for superior a 1 (um) não superior a 6 (seis) itens.”
3- Grande monta
“3.4. A classificação do dano na categoria “grande monta” dar-se-á quando o total de itens assinalados na coluna “SIM” somados aos da coluna “NA” for superior a 6 (seis) itens, o que implica também na classificação do veículo como irrecuperável.”
Se você ainda estava em dúvida quanto a instalar um rastreador veicular no seu carro, essa informação pode ser a vantagem definitiva para sua decisão.
Para calcular o prêmio – valor pago pelo seguro sobre o qual incidem o percentual de lucro da seguradora e os cálculos de risco – são considerados diversos fatores.
Entre eles, fatores citados anteriormente, como sexo, idade e tempo de habilitação. Mas também são consideradas as condições de estacionamento usufruídas pelo condutor (se usa garagem ou não) e os trajetos recorrentes do motorista.
Já a presença de sistema de monitoramento e segurança, como um rastreador veicular, conta como fator avaliativo, ocasionando na redução do prêmio, pois o risco diminui.
Para finalizar a lista de benefícios que a aquisição de um rastreador veicular traz para o motorista, é preciso saber que a localização não é a única informação que o rastreador é capaz de fornecer.
Pelo contrário, ao utilizar o serviço de plataformas de rastreamento, como a Sascar e o software Getrak, este responsável por grande parte da base de veículos rastreados pela América Latina, você terá acesso a inúmeros dados, como a velocidade em quilômetros por hora do veículo em determinado ponto, histórico de localização, o intervalo de tempo em que o carro ficou parado, etc.
A Sascar, inclusive, oferece pacotes de rastreamento não apenas para veículos de passeio, como também para transportadoras, caminhoneiros autônomos, frotas leves, cargas e ativos, máquinas pesadas e veículos especiais.
Considerando que as transportadoras e os caminhoneiros autônomos não só trabalham dirigindo o veículo, como também transportam cargas nele, a utilização de um rastreador veicular torna-se praticamente imprescindível nos dias atuais.
Para os veículos de passeio, a empresa oferece indenização pela Tabela FIPE, assistência veiculares, instalação em domicílio, monitoramento/rastreamento WEB e via APP e assistências residenciais. E ainda não realizam análise de perfil.
Neste artigo, você descobriu que os aparelhos de rastreamento são como celulares e podem funcionar com base em sistemas via radiofrequência ou via GPS.
Além disso, você também está ciente de que os modelos de radiofrequência são ideais para quem precisa de uma cobertura regional, e os que utilizam o sistema de GPS servem mais àqueles que transitam nas estradas.
Bem, agora que você já sabe que um rastreador veicular tende a aprimorar o seu cuidado com o veículo, evitando a sua perda por causa de um roubo, o próximo passo é pesquisar qual modelo combina mais com o seu estilo de vida e contar nos comentários a sua escolha!
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