Poupar dinheiro não é uma das tarefas mais fáceis para quase ninguém.
Todos nós queremos economizar no combustível, nas compras de supermercado, nas contas, mas com o preço elevado de quase tudo o que consumimos, essa tarefa fica a cada dia mais complicada.
E, se pararmos para pensar, há, ainda, os gastos com lazer, que não deixam de ter sua importância.
Nesse sentido, a aproximação das férias do meio do ano é, para muitas pessoas, sinônimo de gasto financeiro.
Afinal, tirar alguns dias de descanso fora da cidade, por exemplo, costuma gerar despesas de todos os lados.
Viajar para reencontrar a família ou para conhecer aquela cidade turística com a qual você sonha há anos, mas nunca consegue se planejar para ir, também exigem um bom equilíbrio das finanças, em especial para quem pretende fazer a viagem de carro.
Como você já deve saber, atualmente, o preço do litro da gasolina está beirando R$ 5,00, o que torna ainda mais complicado pegar a estrada sem desfalcar a carteira.
E não há quem não sinta os efeitos de um valor tão elevado, mesmo sem sair da cidade.
Para tornar essa realidade menos insustentável, existem meios de economizar combustível.
É sobre isso que falarei neste artigo, trazendo dicas úteis.
Acompanhe a leitura!
Desde 2017, o aumento do preço da gasolina é discutido entre os brasileiros proprietários de veículos.
Em maio de 2018, o preço do óleo diesel também foi alvo de críticas pela categoria de caminhoneiros, que paralisou as rodovias do país durante 10 dias consecutivos.
Toda a movimentação dos caminhoneiros teve como principal propósito a redução do preço do óleo diesel.
A paralisação, evidentemente, gerou impactos à população. E, para suspendê-la, o governo federal anunciou a tentativa de fechar acordo com a categoria, prometendo atender diversas reivindicações.
Conforme o acordo firmado entre o governo e a categoria, não haveria aumento do valor médio do diesel nas refinarias, até o fim deste ano, mas não foi o que aconteceu.
Desde então, o preço da gasolina também não para de subir.
Os fatores responsáveis por esse aumento considerável envolvem basicamente a exportação e a importação de petróleo.
Embora o Brasil seja autossuficiente na extração do combustível fóssil, ainda estamos dependentes do petróleo importado.
Isso porque as refinarias do país não têm capacidade para o refino de petróleo pesado, o qual é predominante no país.
Sendo assim, a Petrobras exporta o óleo extraído nacionalmente e recebe o óleo leve, pronto para ser processado e produzido em combustível.
A questão é que, por isso, o Brasil é obrigado a entrar no mercado internacional.
A importação de óleo leve é afetada pelo valor do dólar, e a flutuação da moeda atinge o mercado nacional, afetando o preço do combustível na bomba.
O problema é que o óleo leve, por ser mais fácil de refinar e render mais derivados nobres, custa mais do que o óleo pesado. Ou seja, o custo de venda não é suficiente para cobrir o que é gasto com a importação.
Sem falar que a precificação do combustível leva em conta, ainda, critérios políticos e é envolvida por diversos impostos.
Em tese, somos autossuficientes. Na prática, porém, a importação é indispensável.
Tudo isso nos leva a concluir que, mesmo com tanta riqueza nacional, somos reféns do preço do combustível.
E o pior: sabemos que esse cenário não tem previsão de mudança.
Essa realidade faz com que muitos motoristas recorram às tentativas de economizar combustível.
Porém, é preciso ter cuidado, pois algumas atitudes podem ser prejudiciais à segurança no veículo.
Preparei este artigo pensando em ajudá-lo a entender quais práticas têm efeito e quais, além de não ter, são de risco.
Nos próximos tópicos, você verá 7 dicas que o ajudarão a economizar combustível de forma segura e de acordo com as leis de trânsito.
Todas são bem simples e, acredite, farão muita diferença!
Com certeza, essa é a recomendação mais passada aos motoristas.
Submeter o veículo à manutenção preventiva é uma atitude simples, que pode evitar muitos problemas.
O olhar de um profissional mecânico pode detectar falhas no funcionamento do veículo, que estejam afetando o consumo adequado de combustível.
É interessante solicitar, ao mecânico, que utilize o scanner automotivo.
Esse equipamento, ao ser conectado ao veículo, apresenta um diagnóstico de problemas no seu funcionamento.
É certo que, com o passar do tempo, as peças do veículo sofrem desgaste natural, e a deterioração afeta o consumo de combustível.
Na maioria dos casos, a substituição é o único meio de resolver o problema.
Minha dica é para que você procure sempre um especialista em manutenção de veículos, pois, embora possamos nos guiar pelo manual do fabricante, nada substitui o trabalho de uma pessoa habituada a detectar problemas diversos e solucioná-los.
Arrancadas e freadas bruscas forçam o motor do veículo, pois ele acaba precisando trabalhar mais para responder rapidamente ao comando.
Essa é mais uma das atitudes que contribuem para o aumento do consumo de combustível, e ainda compromete o funcionamento ideal do sistema de frenagem do veículo.
Isso acontece porque frear bruscamente desgasta os pneus do automóvel.
O ideal é manter uma distância suficiente em relação ao veículo da frente, de modo que, ao precisar frear, seja possível diminuir aos poucos a aceleração do veículo.
E não são apenas as paradas repentinas que devem ser evitadas, a súbita aceleração também.
Isso porque, ao pisar fundo no acelerador, há uma grande chance de a injeção eletrônica levar mais combustível do que o necessário ao motor, por conta do aumento súbito de potência.
Muita gente nem imagina, mas quanto mais peso for carregado no veículo, mais combustível será gasto.
Isso porque o excesso de peso faz com que seja necessário forçar a aceleração para que o veículo se movimente.
Os pneus são os componentes do veículo mais afetados pelo excesso de carga.
Em função do peso, o pneu entra em atrito com o solo, podendo desgastar a borracha da banda de rodagem – parte do pneu que fica em contato direto com o chão.
Em conjunto com outros componentes, a borracha da banda de rodagem garante aderência do pneu ao solo, garantindo a estabilidade e capacidade de frenagem do veículo.
O peso excessivo também pode comprometer a estrutura que envolve o pneu à roda ou, até mesmo, fazer com que o pneu estoure por conta da dificuldade de sustentar o peso.
No manual do fabricante, consta a quantidade limite de peso que o veículo suporta sem sofrer danos.
Não é incomum andarmos com bugigangas no porta-malas, que nunca são utilizadas.
Experimente fazer uma limpa no seu veículo, tirando tudo o que é dispensável, e você notará diferença, inclusive, na direção.
Além disso, temos de considerar que o excesso de carga é inimigo das estradas.
O impacto da sobrecarga nas pistas provoca danos ao asfalto, que, por sua vez, aumentam os riscos de causar acidentes.
O excesso de peso no veículo ainda deixa o veículo mais lento, tornando a viagem mais longa.
Por incrível que pareça, até mesmo a mudança de marcha pode fazer o veículo gastar mais gasolina.
As marchas fazem parte do sistema de transmissão do veículo e são responsáveis por mandar força do motor para as rodas do veículo.
Cada marcha tem uma faixa de velocidade ideal para a movimentação do veículo.
E cada veículo exige a troca de marcha em velocidades diferentes. Um carro com motor 1.0, por exemplo, demanda que a troca seja feita em uma velocidade abaixo da velocidade de um carro com motor 1.8.
Por isso, você deve observar como o motor responde à demanda de aceleração em relação ao peso transportado.
Se a resposta à aceleração for lenta, é preciso mudar a marcha antes que o veículo comece a consumir mais combustível do que o necessário.
Saiba que até mesmo motoristas experientes se confundem com a troca de marchas, principalmente ao conduzir um veículo diferente do qual ele está acostumado.
Portanto, fique tranquilo e busque conhecer o seu automóvel. Leia o manual do fabricante e preste atenção aos ruídos do motor.
Se o veículo estiver falhando, é provável que a marcha esteja acima do ideal. Agora, se o motor estiver “roncando”, significa que a marcha está abaixo.
Se o instrumento conta giros faz parte do seu veículo, você pode se guiar por ele para saber quando trocar a marcha.
Cada motor tem um limite de rotações que, ao ser extrapolado, pode causar danos ao motor.
Geralmente, o limite é de 6 mil giros, mas não é recomendável ir até o limite de cada marcha, pois isso afeta o funcionamento do motor.
O limite só deve ser atingido em casos específicos, como, por exemplo, para realizar uma ultrapassagem.
Muitos motoristas adotam a prática de andar com o veículo em ponto morto com o objetivo de gastar menos combustível.
Se você é um deles, sugiro deixar essa ideia de lado, pois ela não ajuda a economizar combustível.
Na verdade, o veículo consome mais combustível quando deixado em ponto morto, pois o motor gira em rotação baixa, enquanto o carro está andando em uma velocidade mais alta.
Isso acontece porque, nessa situação, o veículo entende que está andando em marcha-lenta, fazendo com que o sistema de injeção eletrônica mande ainda mais combustível para o motor.
Essa ideia provavelmente surgiu quando os veículos possuíam carburadores, em que a energia de movimentação do veículo ocorria por meio do sistema de injeção mecânica.
Nesse caso, é possível que o veículo realmente apresente redução do consumo, mas esses carros quase não existem mais.
O sistema de injeção eletrônica é um sistema automatizado e inteligente, responsável por identificar a proporção ideal de ar e de combustível para formar a combustão, a qual alimenta o motor.
A eficácia dessa tecnologia é tanta que somente a quantidade necessária de combustível é enviada ao motor; nem mais nem menos.
Além disso, em descidas e desacelerações, o sistema identifica o giro do motor impulsionado pelo movimento das rodas e, automaticamente, reduz ou interrompe a injeção de combustível.
Ou seja, não há necessidade de andar em ponto morto, pois a própria injeção eletrônica se encarrega de diminuir o consumo em situações assim.
Para que você compreenda essa questão, é importante que entenda como funciona a aerodinâmica do veículo, isto é, seu desempenho em movimento levando em conta os efeitos do ar.
Quando falamos na potência de um automóvel, não nos referimos apenas à capacidade de aceleração do seu motor, mas também ao seu desempenho em driblar a força do ar quando em movimento.
Um veículo em movimento atravessa uma parede de ar. Quanto mais velocidade, maior será a ação do ar sobre o veículo.
A aerodinâmica é essa interação entre o ar e o veículo em movimento.
A relação entre a força do ar e o veículo é medida pelo coeficiente aerodinâmico.
Quanto mais baixo o coeficiente, melhor a relação do veículo com o ambiente, ou seja, mais desempenho ele terá.
Isso porque o baixo coeficiente aerodinâmico faz com que o ar seja vencido com mais facilidade.
Deixar as janelas do automóvel abertas desestabiliza a sua aerodinâmica, ainda que o coeficiente seja baixo, pois o ar acabará entrando no veículo, o que causará mais resistência.
Quanto maior a velocidade, mais dificuldade você terá para acelerar o veículo e atravessar o ar.
Assim, o motor é forçado a trabalhar mais e, consequentemente, o consumo de combustível é maior.
Se, por um lado, existe a dúvida sobre andar ou não com os vidros do automóvel abertos, por outro, existe a dúvida sobre o uso do ar condicionado.
Ao ser ligado, o ar-condicionado aciona o compressor de gás, que, por sua vez, retira energia do motor.
Como você já deve saber: quanto mais o motor precisa trabalhar, mais ele consome combustível.
Isso significa, ainda, que a temperatura do ar também afeta o consumo, pois, quanto maior a necessidade de esfriar o ar dentro do automóvel, mais demanda de energia.
Pode-se dizer que os automóveis fabricados atualmente são mais econômicos nesse sentido do que os modelos antigos.
No entanto, mesmo consumindo menos, o uso do ar-condicionado ainda não favorece quem quer economizar combustível.
Como você viu, existem formas diferentes de sair de férias e ainda economizar combustível, gastando menos dinheiro.
Neste artigo, listei as 7 dicas que considero mais eficazes quando o assunto é economia de combustível.
É importante que você conheça o seu veículo. Assim, fica mais fácil identificar as situações em que há mais consumo do que o normal.
Não se esqueça: qualquer prática que demande mais potência do veículo tem como consequência o consumo de combustível.
Por fim, nunca é demais salientar o quanto algumas atitudes ao volante são arriscadas.
Sempre verifique a veracidade das informações que você encontra, principalmente as que dizem respeito à prática de dirigir.
Afinal, ser um motorista consciente é uma obrigação de todos.
Minha equipe e eu estamos sempre à disposição para analisar o seu caso gratuitamente. Recorrer é um direito de todos os motoristas. Não deixe de fazê-lo valer.
Em caso de dúvida, deixe seu comentário.
Espero que esta leitura tenha sido útil para ajudá-lo a economizar combustível de agora em diante!
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