Quer Saber Por Que o Preço da Gasolina Oscila Tanto? Veja Aqui o Que Acontece

Se você costuma abastecer o seu veículo regularmente, com certeza já notou que o preço do combustível tem sido alterado com frequência nos últimos tempos.

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Com uma gasolina que oscila tanto, é difícil estabelecer um orçamento mensal para a área, e os gastos podem acabar excedendo o que deveria.

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A despesa é considerável no bolso do brasileiro e tem gerado descontentamento em quem precisa encher o tanque.

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Além de preocupante, a oscilação no preço da gasolina tem feito muitos condutores questionarem o porquê disso.

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Outro fator que também perturba quem abastece o veículo com certa regularidade é a discrepância entre o valor médio de repasse da gasolina pura e o preço final cobrado nos postos de abastecimento.

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De fato, existe uma diferença entre os valores e esse fator também está entrelaçado aos motivos responsáveis pela oscilação do preço da gasolina.

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Produzi este conteúdo para que você entenda, basicamente, o que acontece por trás dos preços que chegam ao consumidor, relacionando os fatores que influenciam na questão.

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Quem Define o Valor Cobrado e Por Que Ele Oscila?

O aumento nos valores cobrados nos postos de combustíveis é discutido com frequência entre os motoristas, e não poderia ser diferente, principalmente para quem depende do transporte para se locomover todos os dias.

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A política de preços da Petrobras tem alta influência no mercado de combustíveis, já que a estatal tem o maior domínio da extração e refino do petróleo no país, contando com um total de 13 refinarias distribuídas em alguns estados.

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Apesar disso, nenhuma distribuidora é obrigada a comprar combustível produzido no Brasil, já que o mercado brasileiro de combustíveis permite a importação desse produto.

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Então, digamos que a distribuidora X importou o combustível para repassar ao posto de gasolina, e a distribuidora Y comprou o combustível produzido no país.

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Tendo em conta que os processos realizados por ambas as distribuidoras foram distintos, certamente, o valor cobrado pela venda do combustível pela distribuidora X será diferente do cobrado pela distribuidora Y.

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A Petrobras informa o preço que será cobrado pelo combustível produzido em suas refinarias e as distribuidoras podem decidir se a compra será feita na estatal ou fora do país.

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Também existem refinarias de produção e venda de óleo privadas.

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Ou seja, a gasolina não é tabelada, o que permite que cada estabelecimento que a comercializa defina seus próprios preços.

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Resumindo, existem etapas e fatores relacionados à produção da gasolina que influenciam direta ou indiretamente no preço final. Isto é, naquele que será cobrado quando você for abastecer o seu veículo.

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Há uma cadeia de comercialização que prepara o combustível até que ele chegue ao consumidor final, e cada um desses processos tem sua própria base de produção.

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E para que você compreenda por que o preço da gasolina oscila, é preciso conhecer todos eles.

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A seguir, apresentarei a você como o valor da gasolina é composto.

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Conheça a Produção do Combustível e Entenda Por Que o Preço da Gasolina Oscila

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A gasolina pura é um combustível fóssil, cuja matéria-prima é o petróleo, material extraído do subsolo marítimo.

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O processo de extração do petróleo costuma variar, dependendo da profundidade em que o óleo é encontrado.

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O petróleo tanto pode estar nas primeiras camadas do subsolo quanto a milhares de metros abaixo do nível do mar. Pode ser encontrado em até 7.000 metros de profundidade.

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Assim que o material é extraído, é transportado por oleodutos ou por navios petroleiros até as refinarias, onde o processo de decomposição do petróleo e de transformação em gasolina pura e em outros produtos é iniciado.

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Depois, essa gasolina será vendida às distribuidoras, que irão misturá-la ao etanol anidro. Ou seja, elas preparam o combustível puro, adicionando a quantidade de componente definida pelo governo, para que ele possa ser distribuído aos postos revendedores.

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Finalmente, chegamos ao último processo da cadeia de combustível. Assim que a gasolina chega aos postos de combustível, ela já está pronta para ser comercializada.

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Você percebeu quantas etapas são percorridas até que o produto chegue às bombas?

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Isso sem falar no processo de importação. Como eu já mencionei, o combustível pode ser importado, o que implica em fatores como carga tributária, custo do frete pelo transporte etc.

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Tais fatores podem contribuir para a diminuição do preço do combustível, assim como podem fazer com que haja um aumento no preço cobrado, pois o preço final depende da produção, transporte e preço médio de venda pelas refinarias.

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A cada ano, a Petrobras faz uma avaliação a fim de definir se o preço de venda do combustível repassado deverá aumentar, baixar ou se manter.

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Para tanto, leva em consideração variáveis como a cotação do dólar, o custo do frete pelo transporte e a cotação internacional do barril de petróleo.

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Esse preço médio, cobrado por litro, não envolve os efeitos relativos aos tributos, cobrados depois que as refinarias repassam o combustível.

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As distribuidoras, além de comprarem a gasolina pura, também compram, de usinas produtoras, os componentes que serão adicionados à gasolina.

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Esse fator é mais um responsável pela oscilação do preço, já que o valor dependerá do quanto foi necessário desembolsar para o preparo do combustível.

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A composição e definição de preços variam em função de todos esses fatores.

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E a carga tributária exerce bastante influência nesse ponto, já que a maior parte do dinheiro relativa à compra do combustível nos postos de abastecimento é destinada aos cofres públicos.

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Em torno de 37% de todo o lucro obtido com a venda do combustível é distribuído em 4 impostos, os quais afetam diretamente o preço da gasolina na bomba.

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Só o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é responsável por cerca de 27% do preço cobrado na bomba, o que equivale a, aproximadamente, 1 real por litro.

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Essa porcentagem pode variar de estado para estado, pois a alíquota do ICMS depende das etapas de circulação da mercadoria, ou seja, de onde vem o produto e para onde é destinado.

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As contribuições do PIS (Programa de Integração Social) e do COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), aplicadas às empresas prestadoras de serviços, também entram na contagem dos tributos da cadeia produtiva.

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Esses impostos costumam representar entre 7% e 9% do preço da gasolina.

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Há, ainda, a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), relativa à importação e comercialização de combustíveis fósseis.

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O tributo é arrecadado para ser revertido em investimentos em projetos ambientais relacionados à indústria de petróleo e de gás, infraestrutura do transporte etc., e representa em torno de 2% do preço da gasolina na maioria dos estados.

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Percebeu como a incidência dos impostos sobre o combustível impacta significativamente no valor final da gasolina?

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Esse é mais um fator que responde à pergunta: por que o preço da gasolina oscila tanto?

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Não há como determinar um valor fixo para todos os estados brasileiros, principalmente tendo em vista que o produto pode ser importado.

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Mesmo produzindo petróleo, o Brasil ainda é um dos países da América do Sul em que o combustível é mais caro e onde o preço da gasolina oscila com frequência.

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Para que você possa acompanhar os valores estipulados pela Petrobras, a empresa trouxe, a partir de 2018, um canal direto para os consumidores.

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Entenda melhor o sistema de divulgação na seção abaixo.

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Novo Sistema de Divulgação dos Preços da Petrobras: Fique Atento à Oscilação do Preço da Gasolina

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Em 2018, os combustíveis bateram o recorde em termos de variação.

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O preço médio por litro sofreu reajuste logo na primeira semana de 2018 e teve uma redução de 3,5% no valor do combustível vendido pelas refinarias da Petrobras para as distribuidoras, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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Desde fevereiro do ano passado (2018), a estatal adotou um novo sistema de divulgação dos preços do combustível.

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Antes, era informado um percentual de aumento e diminuição dos preços. Agora, é divulgado um valor relativo ao preço médio de venda do combustível de suas refinarias às distribuidoras.

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Assim, o consumidor tem uma noção mais transparente de quanto está sendo cobrado pelo produto.

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Segundo o presidente da PETROBRAS, dessa forma, ficará mais fácil para o consumidor avaliar a diferença entre o preço anunciado pela estatal e o cobrado nos postos de combustíveis.

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Resumo da oscilação no preço da gasolina 2018 - 2019

Com os preços médios dos combustíveis sendo divulgados, é possível acompanhar a variação que ocorreu ao longo de 2018 e nos primeiros meses de 2019, já divulgados pela Petrobras.

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O ano de 2018 iniciou com preços por litro que variavam de R$ 1,7664, em Brasília (DF), e R$ 1,4905, em São Luís (PA), e os preços mais baixos foram em fevereiro, com mínima de R$ 1,3684 na capital paraense.

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Ao longo do ano, houve bastante oscilação e em setembro e outubro foram percebidos os valores mais altos.

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Em setembro de 2018, o litro do combustível sem impostos, em Brasília, chegou a custar R$ 2,3535.

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No entanto, o ano fechou com preços mais baixos do que iniciou, com o litro por volta de cinco a seis centavos mais barato.

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A redução do preço continuou em janeiro de 2019.

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Em dezembro, o preço do litro sem encargos em Guarulhos (SP) custava R$ 1,5962 e R$ 1,6950 em Uberaba (MG).

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Nesses locais, o preço de janeiro de 2019 foi de R$ 1,5101 e R$ 1,6089, respectivamente.

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Contudo, nos meses seguintes, foi possível notar um novo aumento nos preços dos combustíveis, já percebida no mês de fevereiro deste ano.

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Segundo o site da Petrobras, o preço médio do litro da gasolina nas refinarias brasileiras é R$ 1,9354 e do diesel, R$ 2,1432.

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As oscilações continuam e as diferenças de preços acompanham as localidades.

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Nesse sentido, também é válido considerar as diferenças entre abastecer em postos de combustíveis bandeirados ou em postos de bandeira branca, assunto da próxima seção.

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Posto com Bandeira Branca X Postos Bandeirados

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Além de oscilar de tempos em tempos, o preço da gasolina também costuma variar dependendo do posto escolhido para o abastecimento.

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O fator responsável pela diferença de preços, nesse caso, pode ser relacionado à exclusividade ou não do fornecimento do combustível.

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Funciona da seguinte maneira: os postos de abastecimento bandeirados possuem um contrato de exclusividade com uma distribuidora de combustíveis, o que significa que o combustível fornecido naquele estabelecimento é sempre o mesmo, já que provém sempre da mesma distribuidora.

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Nesse caso, o posto bandeirado tem de aceitar os preços oferecidos pela distribuidora, bem como os termos de negociação, o que não permite a procura por preços mais atraentes.

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Já os postos com bandeira branca têm liberdade para buscar combustível com um preço mais em conta, o que refletirá também no bolso do consumidor final, no caso, quem abastece o seu veículo com a gasolina.

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Por não ter nenhuma obrigação contratual com uma distribuidora fixa, os postos com bandeira branca têm mais facilidade para negociar preços com qualquer distribuidora, o que pode gerar uma diferença no valor que será cobrado ao consumidor final.

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Um posto bandeirado não tem possibilidade de ignorar o contrato firmado com a distribuidora para comprar um combustível mais barato de outro fornecedor e revender por um preço menor.

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A escolha do posto de combustível tem relação, ainda, com a qualidade do produto consumido.

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Infelizmente, existem lugares em que o combustível é adulterado, o que faz com que os consumidores acabem optando por abastecer seus veículos em postos bandeirados.

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A desconfiança quanto à procedência do combustível é um fator a ser considerado, já que o produto adulterado causa sérios danos ao veículo e gera despesas desnecessárias ao proprietário.

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Além disso, as empresas bandeiradas investem esforços para oferecer um combustível de qualidade ao consumidor.

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Cabe a você, consumidor, avaliar se vale a pena ou não desembolsar um pouco mais de dinheiro e investir na confiabilidade do produto.

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Esses não são, porém, os únicos aspectos a serem observados no momento de abastecer seu veículo.

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Você sabia que encher o tanque pode ser prejudicial para o seu veículo? É isso que explicarei a seguir.

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Cuidado: Encher o Tanque Até o Final é Prejudicial

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O preço da gasolina oscila com frequência e, por conta disso, os motoristas não perdem tempo.

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Assim que um posto de combustível oferece um preço atraente, a maioria das pessoas abastece o tanque de combustível “até a boca”.

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A tentativa de diminuir os gastos com combustível pode ser positiva em termos financeiros, mas será que isso é benéfico para o seu veículo?

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Para que você entenda essa questão, vou lhe explicar o que acontece com o veículo quando o combustível inserido ultrapassa o limite do tanque, especificado no manual do fabricante.

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Você já deve saber que há uma medida máxima de capacidade de armazenamento do combustível em cada veículo. Cada modelo tem um volume maior ou menor de capacidade interna.

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Quando o veículo é abastecido, muitos motoristas pedem que o frentista encha o tanque além da trava, acionada quando o tanque está completo.

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Essa trava faz um “click” quando é acionada e, nesse ponto, a indicação do fabricante é para que não seja colocado mais combustível.

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Mas por que não podemos encher até o final do tanque se ele comporta mais combustível do que o recomendado?

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Em primeiro lugar, vale lembrar que as recomendações servem para orientar o proprietário do veículo sobre como proceder em determinadas situações.

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Isso significa que é recomendável que você as siga. Sem dúvida, seguindo as orientações de uso, a vida útil do seu bem será maior e você terá menos problemas para resolver.

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A especificação do limite de combustível serve para a proteção de alguns equipamentos do veículo.

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Ao sofrer o processo de combustão no tanque do veículo, a gasolina produz um vapor poluente, que gera malefícios ao meio ambiente e à saúde de quem entra em contato com a substância.

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A fim de evitar a transmissão das impurezas geradas pelos gases, foi criada uma peça chamada cânister.

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Essa peça está localizada acima do cano que leva o vapor do combustível gerado no tanque e tem a função de filtrar os gases produzidos.

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Os gases filtrados pelo cânister, em vez de serem emitidos para fora do veículo, são jogados para dentro do motor para serem usados com o combustível.

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Porém, ao encher o tanque além da trava, o combustível em excesso no tanque pode ir para o cano e vazar dentro do cânister, peça utilizada para comportar gás e não líquido.

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Além de danificar a peça, o desempenho do veículo pode ser prejudicado e, ainda, gerar mais poluentes, já que a injeção eletrônica terá dificuldade para injetar a mistura adequada de ar/combustível no motor do veículo.

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Outro ponto importante a ser destacado diz respeito à dilatação do combustível.

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Normalmente, o combustível contido no tanque nos postos de abastecimento fica em baixa temperatura.

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Já quando é transferido para o reservatório do carro, a tendência é de que a quantidade de calor aumente, considerando a temperatura ambiente e a temperatura do veículo.

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Esse fator aumenta, consequentemente, o nível do volume de combustível no tanque. A expansão do volume pode ocasionar uma pressão do combustível e, sem espaço, o líquido acaba vazando.

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É por esse motivo que as montadoras especificam um limite abaixo da capacidade do tanque. Elas trabalham com uma margem de segurança para que efeitos de variação não alterem a concentração do combustível.

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Os efeitos negativos dessa prática são tão consideráveis que, em janeiro de 2018, entrou em vigor, em São Paulo, a Lei Estadual nº 16.656/18.

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A Lei em questão proíbe os postos de combustíveis de abastecer os veículos após a trava de segurança da bomba ser acionada.

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O objetivo é reduzir a emissão de vapores tóxicos, preservando, assim, a saúde do meio ambiente e a dos frentistas que ficam mais expostos aos efeitos nocivos do combustível.

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A lei autoriza o abastecimento após o limite somente nos casos em que houver o desligamento precoce do bico, que pode ocorrer por conta de características do próprio tanque do automóvel.

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Em Santa Catarina e no Distrito Federal também já existem leis vigentes sobre a proibição.

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Conclusão

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Como você pôde perceber, o preço da gasolina é volúvel e depende de vários fatores, relacionados, principalmente, à tributação.

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Conhecendo as etapas envolvidas na produção de combustível, é fácil compreender por que o preço da gasolina oscila tanto no país.

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Agora você já sabe por que o valor final, cobrado nos postos de abastecimento, é diferente do valor médio de repasse do combustível.

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Apesar disso, não deixe de estar atento às discrepâncias muito significativas, pois elas podem indicar que o valor do combustível está acima do permitido.

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E não deixe de levar em consideração as diferenças entre abastecer em um posto com bandeira branca e em um com bandeira exclusiva.

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Lembre-se de que a qualidade do combustível e, consequentemente, do automóvel pode estar em jogo quando você não conhece a procedência do produto.

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Espero que a leitura deste artigo tenha servido para alertá-lo sobre os riscos de exceder o limite do tanque de combustível.

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E, se precisar de ajuda para recorrer de uma multa de trânsito, pode contar comigo e com a minha equipe para formular um recurso personalizado para o seu caso.

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Você já conhecia o processo de produção do combustível? Sabia quais impostos incidem sobre ele? Deixe seu comentário contando a sua experiência!

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Referência:

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  1. https://www.investir-petroleo.pt/artigo/cotacao-barril-petroleo.html
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