Você tem dúvidas ou curiosidades sobre carro autônomo? Quer saber como funciona essa audaciosa tecnologia? Já pensou poder ler um livro enquanto se desloca, sem se preocupar em dirigir seu veículo? Embora essa possibilidade ainda esteja distante, você verá, neste artigo, que, há alguns anos já, pessoas trabalham arduamente para tornar o carro autônomo uma realidade.
Se você não entende bem o que é um carro autônomo, esteja preparado para uma viagem ao futuro.
Já imaginou conduzir um veículo sem usar as mãos ou os pés?
Em um veículo autônomo, você é tanto o motorista quanto o passageiro, já que o automóvel se conduz sozinho.
Parece um filme futurista?
Há quem acredite que essa será a realidade automobilística dentro de alguns anos.
Não por acaso, o carro autônomo é o sonho de consumo de muitos motoristas.
Mas nem tudo é perfeito, é claro. Na realização de testes, a tecnologia tem apresentado algumas falhas.
Isso impede que, apesar da evolução dos projetos, os carros autônomos estejam disponíveis.
Pensando em abordar mais detalhes do assunto, elaborei este artigo. Ao longo da leitura, você verá:
Desejo uma excelente leitura!
Um carro autônomo nada mais é do que um veículo robotizado.
Ele é projetado para se mover sem que o motorista precise conduzi-lo.
Para ser totalmente autônomo, um veículo deve trafegar sem intervenção humana.
Algumas empresas de renome do setor automobilístico já desenvolvem e testam carros que se deslocam sem a interferência do condutor.
Algumas delas são:
Observe que há 6 montadoras tradicionais e uma empresa de tecnologia na lista (a Google).
Embora não se encaixe no grupo de fabricantes, a Google tem um dos projetos mais desenvolvidos de carro autônomo.
Em 2015, a Google fez um teste envolvendo uma frota de carros autodirigidos: 6 Toyota Prius e um Audi TT.
Ambos os modelos circularam por mais de 300 mil quilômetros em ruas e rodovias da Califórnia, nos Estados Unidos.
Para a surpresa de todos, apenas um acidente ocorreu durante esse experimento (sem deixar feridos nem danos materiais).
O primeiro acidente com um carro autônomo da Google foi registrado em 2016, também na Califórnia. Felizmente, não houve feridos. Além disso, o veículo sofreu apenas pequenos danos.
Mas a tecnologia, é claro, ainda requer muitos cuidados antes de ser totalmente implementada.
No próximo tópico, acompanhe o histórico da criação dos carros autônomos e entenda como se deu sua evolução.
Muitos dos carros projetados inicialmente simplesmente não conseguiam rodar por mais de 4 quilômetros sem causar um acidente. E o pior: muitos deles fatais.
Por isso, quase todos os projetos foram abandonados ainda no começo.
No entanto, com o passar do tempo e com o avanço da tecnologia, muitos engenheiros, mecânicos e curiosos perceberam que investir na ideia de um carro autônomo poderia render frutos positivos para o futuro.
Hoje, já percebemos que eles estavam certos.
Mas, antes de tratar sobre o presente e o futuro desse tipo de veículo, é importante entender como tudo começou.
Portanto, acompanhe, a partir de agora, o processo evolutivo do carro autônomo no mundo.
Inicialmente considerado uma plataforma para rover lunar, o Stanford Cart dos anos 60 e 70 foi um buggy simples equipado com uma câmera de vídeo e controle remoto.
Ao longo do tempo, no entanto, o carrinho ganhou maior capacidade de inteligência e processamento de imagem.
Em 1979, Hans Moravec alcançou o que era, no momento, uma conquista de sinal na mobilidade robótica.
O modelo cruzou, com sucesso, um grande salão, sem a intervenção humana, por cerca de 5 horas.
O carrinho, classificado em 10° lugar na lista dos 50 melhores robôs da Wired, abriria o caminho para o Volkswagen Touareg.
Mas esse era só o início.
O que pode ser chamado de primeiro carro verdadeiramente autônomo – capaz de processar imagens da estrada à frente – foi revelado em 1977, no Japão.
O carro, auxiliado por um trilho elevado, foi capaz de acelerar até 30 km/h!
A partir daí, a tecnologia ganhou “boom”, e mais novidades começaram a surgir.
O engenheiro aeroespacial alemão Ernst Dickmanns inaugurou, na Bundeswehr University Munich, uma série de projetos na década de 1980.
E isso lhe rendeu o apelido de “pioneiro do carro autônomo”.
Em 1987, o VaMoRs, equipado com duas câmeras, 8 microprocessadores Intel de 16 bits e uma série de outros sensores e softwares, rodou a 90 km/h por cerca de 20 km.
Com suas duas câmeras processando 320 por 240 pixels por imagem, a uma distância de 100 m, a VaMP, 7 anos depois, poderia reconhecer as marcas rodoviárias, a posição relativa na pista e a presença de outros veículos.
Em uma unidade de teste perto de Paris, o carro subiu a 130 km/h em tráfego simulado, julgando se era seguro mudar as pistas.
No ano seguinte, o time de Dickmanns pilotou uma Mercedes S-Class de Munique para Odense, na Dinamarca.
Foi uma viagem de mais de 1.600 quilômetros a uma velocidade máxima de 180 km/h.
Segundo relato de seu engenheiro, por cerca de 95% da distância total, o carro viajou totalmente sozinho.
O sucesso desses veículos redirecionou a pesquisa para longe de carros guiados por sinais indutivos recebidos de cabos enterrados em direção a sistemas baseados em visão para orientação lateral.
Pode parecer meio complicado, mas, se não fosse pelo esforço de Dickmann, o carro autônomo nunca teria saído do papel.
Em 1995, os roboticistas da Universidade Carnegie Mellon dirigiram NavLab 5, um 1990 Pontiac Trans Sport, de Pittsburgh para Los Angeles.
Os complementos do veículo incluíam um computador portátil, uma câmera montada no para-brisa e um receptor GPS.
O carro completou uma porcentagem de condução autônoma de 98,2%, precisando apenas de um pouco de ajuda com a prevenção de obstáculos.
O caminho mais longo que o veículo rodou sem a intervenção humana foi de quase 115 quilômetros.
O TTS autônomo da Audi recebeu o nome da primeira mulher a ganhar o prêmio Pikes Peak International Hill Climb.
Shelley, desenhado por Chris Gerdes e seus colegas no Centro de Pesquisa Automotriz, da Universidade de Stanford, é repleto de GPS, sensores de roda e algoritmos de controle de tração.
O carro conquistou o sprint de 12,42 milhas (20 km) até o topo do Pike’s Peak, em 27 minutos.
Considerando que o primeiro carro guiado por humanos, movido a vapor, levou mais de 9 horas para realizar esse mesmo trajeto, em 1901, é uma estreia auspiciosa para um carro controlado por computador.
A frota da Google de 7 híbridos autônomos, Toyota Prius, acumulou mais de 140 mil milhas (225 mil km) com apenas uma intervenção humana ocasional desde que começou a rodar, em 2010.
O programa Google Driverless Car é liderado pelo aluno de Darpa Grand Challenge, Sebastian Thrun.
Os veículos usam dados do Google Street View e de câmeras e radar, para determinar a posição do carro em um mapa. O sistema funciona notavelmente bem.
Os carros trafegaram com sucesso a Lombard Street, de São Francisco, circundaram a Lake Tahoe e até conduziram de Mountain View a Santa Mônica.
Mas claro: sempre há um condutor ao volante para intervir se necessário.
A Google, como outros defensores de veículos autônomos, acredita que a tecnologia aumentará a segurança e reduzirá os congestionamentos.
Além disso, também garante que aliviará as emissões de poluentes na atmosfera.
Agora que você já conhece o histórico dos veículos autônomos no mundo, que tal saber sobre esse tipo de veículo no Brasil?
É sobre o que falarei no próximo tópico.
Atualmente, o Brasil conta com apenas 4 modelos de carros autônomos disponíveis para venda.
Os modelos vendidos no Brasil, contudo, têm uma autonomia limitada e ainda dependem dos motoristas em algumas situações.
Confira, a partir de agora, quais são eles:
Possui um pacote semiautomático como adicional.
Ele acelera, freia, e vira o volante sozinho quando há trânsito, em uma velocidade de 65 km/h.
Custa aproximadamente R$ 280 mil.
Pontos positivos:
Acelerações e frenagens mais tranquilas.
Pontos negativos:
Sua tecnologia só funciona quando há trânsito e em velocidades baixas.
Freia para pedestres, estaciona sozinho, tem aceleração e frenagem autônomas.
Custa aproximadamente R$ 400 mil.
Pontos positivos:
Comandos simples e intuitivos.
Pontos negativos:
Às vezes, sai da faixa de forma involuntária.
Freia para pedestres, estaciona sozinho, tem aceleração e frenagens automáticas.
Custo: R$ 350 mil.
Pontos positivos:
Freia sozinho e liga o alerta se o motorista fica muito tempo com as mãos fora do volante.
Pontos negativos:
Os comandos não são muito simples.
Freia para pedestres e animais de grande porte, tem aceleração e frenagem automáticas.
Pontos positivos:
É o único que detecta a proximidade de animais.
Pontos negativos:
A detecção é inferior às outras opções de carros autônomos.
Agora que você já sabe quais modelos de carros autônomos poderá encontrar no Brasil, veja algumas perguntas frequentes que separei sobre esse tipo de veículo.
O carro autônomo, apesar de parecer recente, já vem sendo elaborado há muito tempo, como você acompanhou nas seções sobre a sua história.
Porém, mesmo com a sua constante evolução, a tecnologia ainda não é amplamente desenvolvida. Por isso, questões relacionadas à sua adesão causam muitas dúvidas.
Por isso, separei algumas perguntas que recebo dos condutores com frequência sobre o futuro dos carros autônomos.
Antes disso, trago uma curiosidade sobre o modelo Tesla. Acompanhe.
O Tesla Model S teve uma versão autônoma considerada revolucionária na época em que foi lançada.
Contudo, os engenheiros da montadora californiana não aprimoraram seu sistema autônomo, anunciando um produto que deixou muito a desejar.
Muitos condutores que compraram o modelo sofreram acidentes causados pelo seu piloto automático.
Pessoas colidiram de frente com casas, árvores e animais. Além disso, houve registro de dois acidentes fatais.
Após esses incidentes, a montadora resolveu retirar seu carro autônomo das pistas, ressarcindo todos os consumidores que comprovaram os acidentes.
Elon Musk, dono da empresa, veio a público pedir desculpas e afirmou que a Tesla trabalha diariamente na melhoria de seu modelo autônomo.
Embora os carros autônomos não sejam ainda comercializados em grande escala, muitos condutores têm dúvidas sobre um possível futuro desse tipo de veículo.
Abaixo, confira os questionamentos mais frequentes.
Com a praticidade do carro autônomo, a ideia é que o condutor não precise mais se estressar com o trânsito. Mas, mesmo assim, ele será o principal responsável pelo veículo.
Afinal, alguém terá que ligar o carro, não é mesmo?
De qualquer modo, o motorista poderá aproveitar a viagem de outras formas, como se preparar para uma reunião ou ler um livro, sem se preocupar com o trânsito.
Isso é o que eu chamo de viagem bem aproveitada, não é mesmo?
Há pesquisadores que ressaltam que, até 2030, o motorista, de fato, se tornará tanto passageiro quanto condutor.
O que você acha dessa possibilidade: tentadora ou arriscada? Deixe um comentário ao final do texto com a sua opinião!
Uma pesquisa realizada em 2008, pela US National Highway Traffic Safety Administration, revelou que o erro humano é a razão crítica de 93% dos acidentes.
De fato, quando se eliminam as falhas humanas, nossas estradas se tornam muito mais seguras.
Porém, atribuir 100% de segurança aos carros autônomos ainda não é possível.
Antes disso, serão necessários mais testes para garantir que o carro autônomo seja seguro para todos os outros usuários da via.
Há muitas empresas automobilísticas que estão apostando na eletricidade como o principal expoente no “combate” ao petróleo.
Mas, ao mesmo tempo, ainda existe uma enorme infraestrutura voltada ao petróleo.
A empresa Bosch está desenvolvendo uma bateria de íon, a partir da qual esperam dobrar a gama de veículos elétricos, pela metade do custo das baterias de hoje.
Há uma projeção de que, até 2025, globalmente, 15% dos veículos terão um componente elétrico, seja um veículo elétrico puro, um híbrido plug-in ou um híbrido completo.
Nos países desenvolvidos, é claro, essa porcentagem deverá ser bem maior.
Sim, você precisará de uma habilitação, mas a expectativa, com a adesão dos carros autônomos, é de que ela seja muito diferente.
Os motoristas precisarão entender como operar todos os sistemas tecnológicos que farão parte do carro autônomo.
Mas certamente, antes disso, será necessário saber dirigir manualmente. Afinal, em caso de falha na tecnologia do veículo, a boa e velha direção manual ainda será necessária.
Em comparação a um veículo convencional, um carro sem condutor tem mais unidades de controle, como poder de computação e linhas de código e conexões sem fio com o mundo exterior.
Por essa razão, de fato, ele se torna mais vulnerável aos hackers.
Um hacker pode assumir o controle do carro fazendo, por exemplo, com que o veículo se recuse a iniciar, ou que apresente falhas ao longo do percurso.
Além disso, o espião também poderá explorar a privacidade do motorista, acessando seus dados pessoais e, inclusive, informações financeiras.
No entanto, preocupados com essa latente possibilidade, empresários automobilísticos de veículos autônomos já realizam maiores investimentos na segurança do sistema operacional dos carros.
Há, agora, mais foco no básico – aplicando boa segurança fundamental às áreas críticas, incluindo as interfaces que conectam o veículo ao mundo externo.
Isso inclui gateways, que separam os sistemas críticos de segurança de outros sistemas automotivos, e redes que fornecem comunicação segura entre unidades de controle (pode haver mais de 150 em um veículo autônomo).
Além disso, os avanços importantes para a segurança incluem atualizações de software over-the-air, que pode perfeitamente corrigir vulnerabilidades em tempo real.
Ou seja: os hackers não deixarão de existir, ou de tentar interferir nessa tecnologia, mas, ao mesmo tempo, profissionais no combate a esse tipo de crime estarão sempre atentos.
E então, gostou de aprender mais sobre a história do carro autônomo com a leitura deste artigo?
Como você viu ao longo do texto, não é de hoje que esse tipo de tecnologia vem sendo aprimorada.
Desde a década de 60, engenheiros e mecânicos estudam e buscam soluções para tornar o carro autônomo uma realidade acessível a todos.
Você acompanhou como o veículo surgiu no mundo, e quais principais desafios foram encontrados ao longo do caminho.
Na sequência, eu expliquei como está o andamento da tecnologia, atualmente, no Brasil.
Você viu que, além de poucos modelos comercializados no país, seu sistema não é 100% autônomo, sendo ainda essencial a intervenção humana ao volante.
No final do artigo, você ainda conferiu algumas dúvidas e curiosidades sobre o assunto.
E agora, você já consegue vislumbrar um futuro com carros autônomos em todas as estradas brasileiras?
Vale ressaltar que o custo desse tipo de veículo, no Brasil, não deverá ser barato. Mas, com o passar dos anos e com a evolução tecnológica, tudo poderá mudar.
Assim, será possível contar com uma realidade de condução veicular bastante distinta da atual – dirigindo com segurança e conforto sem usar as mãos.
Ficou com dúvidas sobre o tema abordado? Deixe um comentário abaixo para que eu possa ajudá-lo.
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Referências:
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/05/google-comecara-testar-carro-que-dirige-sozinho-em-junho-nos-eua.html
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/carro-autonomo-do-google-causa-primeiro-acidente-na-california/
https://g1.globo.com/carros/noticia/brasil-tem-4-modelos-de-carros-a-venda-que-rodam-sozinhos-de-forma-limitada-veja-como-e.ghtml
https://quatrorodas.abril.com.br/tudo-sobre/carro-autonomo/
https://olhardigital.com.br/carros-e-tecnologia/noticia/este-e-o-primeiro-carro-autonomo-autorizado-a-circular-sem-supervisao-humana/96521
https://exame.com/tecnologia/carro-autonomo-do-google-ja-pode-transportar-pessoas/
https://www.automotivebusiness.com.br/artigo/1892/por-que-nao-teremos-o-carro-autonomo-no-brasil
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