De zero a 10, o quão importante você acha que o sistema de embreagem é para o seu carro? Você sabe quais são os problemas mais comuns que podem surgir nessa parte do veículo?
Se você ainda não havia pensado sobre isso, chegou a hora de conhecer melhor esse item fundamental do seu carro.
Afinal, o sistema de embreagem está diretamente relacionado ao funcionamento do veículo, desde a aceleração até a parada total do automóvel.
Além disso, você sabia que a embreagem “avisa” quando está com problemas?
Neste artigo, explicarei como funciona e qual a finalidade desse sistema.
Você vai descobrir quais peças formam o sistema da embreagem e a importância de cada uma delas.
Também, vai saber quais problemas podem ser percebidos no pedal de embreagem, e quando é necessário comprar um novo kit de embreagem.
Está a fim de aprender a cuidar melhor do seu carro?
Então, siga a leitura e conheça os problemas mais comuns que podem ser observados no sistema de embreagem.
Se você dirige, deve saber que o pedal mais à esquerda é o responsável por acionar a embreagem. Logo, é ele quem faz intermédio entre as ações do condutor e do veículo.
A embreagem consiste em um dispositivo localizado entre o motor e a caixa de câmbio. Ela é responsável por levar, para a caixa de câmbio e depois para as rodas, a força gerada dentro do motor.
Portanto, a embreagem é, em resumo, um dos itens que trabalham para que o carro rode.
Mas não é apenas isso, já que sua função inclui filtrar as vibrações geradas pelo motor, atuando no atrito produzido entre as peças.
Isso diminui ruídos e reduz desgastes precoces nos componentes do sistema de transmissão.
A embreagem é, dessa forma, um componente fundamental para o seu carro. Desse modo, é extremamente importante, ao fazer a manutenção do veículo, revisar também esse sistema.
A revisão do seu veículo deve ser feita periodicamente. O período ideal para revisão veicular é, em geral, de seis em seis meses ou a cada 10 mil quilômetros rodados.
Para ter certeza sobre essa informação, consulte o seu manual do proprietário.
Na próxima seção, explicarei a você como funciona a embreagem.
Assim que o motorista pisa no pedal, ele libera o disco da embreagem, que estava conectado ao disco do volante, no motor.
Em resposta, há uma interrupção no torque que se direciona para a caixa de câmbio.
Parece complicado?
Pois é tudo muito rápido. Não chega nem a um segundo.
Quando o processo se completa, você está liberado para trocar a marcha.
Fazendo a troca no tempo certo e da maneira correta, não há aquele tradicional “raspão”, “arranhando” a marcha.
Durante esse mínimo intervalo, que não chega a um segundo, é como se o carro estivesse em ponto morto.
Curioso, não é mesmo?
Agora que você viu como funciona a embreagem, vale saber quais são os seus diversos componentes.
Basicamente, a embreagem contém três peças fundamentais: o disco, o rolamento e o platô.
Este último é formado pela carcaça da embreagem, pela mola membrana e pela placa de pressão.
Mas o que é o disco de embreagem?
Ele é o componente central de acoplamento da embreagem.
Dessa forma, cabe ao disco fazer a interligação necessária entre transmissão e motor.
Outra função do disco de embreagem é a de amortecedor.
Assim, ele diminui os ruídos e também o desgaste na transmissão do veículo.
E o que é o rolamento da embreagem?
Esse é outro componente muito importante do sistema de embreagem.
O que ele faz é aplicar uma força extra que resulta no afastamento das placas de pressão do disco.
É esse movimento que interrompe a transmissão da rotação do motor para a caixa de câmbio.
Em consequência, libera o motorista para a troca de marcha suave e sem erros.
Falta só entender o que é o platô da embreagem.
Essa é uma peça intermediária, localizada entre o câmbio e o motor.
Sua função também é a de exercer pressão, mas, dessa vez, no próprio disco de embreagem.
Como resultado, isso gera um atrito que dá ao câmbio a tração assim que a marcha estiver engatada.
Como falamos anteriormente, quando você pisa no pedal, aciona a mola do platô de embreagem, o que reduz essa pressão entre os discos e permite a troca da marcha de forma suave.
Vale ressaltar que os itens citados acima fazem parte do kit básico de embreagem de um carro.
Assim, eles são responsáveis pela grande maioria dos problemas, ou não, da embreagem do seu carro.
Então, vale a pena aprender a cuidar melhor dela, concorda?
Vamos lá!
Quando o veículo está em um aclive, muitos motoristas deixam a embreagem pressionada ou colocam o carro em ponto morto – a famosa banguela –, a fim de economizar combustível.
No entanto, essa prática, além de ser proibida por lei, é extremamente perigosa, pois, quando o carro não está engatado, o freio não é capaz de “segurá-lo”, o que pode acabar causando um acidente.
Isso sem falar que, na verdade, a tão desejada economia de combustível não ocorre.
Pelo contrário, ao fazer isso, o freio do veículo será desgastado, o que fará com que você precise gastar dinheiro para levá-lo à oficina antes do tempo.
Como eu disse, transitar com o veículo desligado ou desengrenado é proibido. Conforme o art. 231, inciso IX, do CTB, essa é uma infração média.
Portanto, ao colocar o veículo em ponto morto, você poderá receber 4 pontos em sua CNH, uma multa de R$ 130,16 e, ainda, ter seu carro retido.
Além disso, em um carro com injeção eletrônica, a tentativa de economizar cai por terra.
Ao invés de economizar combustível, você estará gastando ainda mais.
Quando o veículo está engatado, a injeção eletrônica injeta a quantidade exata de combustível, o que evita o consumo excessivo de combustível.
Quando o carro não está engatado, no entanto, isso não acontece. Ou seja, a injeção eletrônica não será capaz de detectar a quantidade necessária de combustível, e poderá acabar injetando mais do que é suficiente.
Esse, pode-se dizer, é o principal aspecto ao qual você deve estar atento para manter a embreagem do seu veículo em boas condições.
Mas há outros também importantes, sobre os quais falarei a seguir.
Usar o pedal da embreagem sem necessidade eleva o desgaste desse componente e de todas as peças que fazem o sistema funcionar.
Isso sem falar no risco de superaquecimento, que é muito mais comum do que você imagina.
Um dos cuidados fundamentais, portanto, é monitorar seu próprio comportamento ao volante.
Nada de dirigir com o pé “escorado” sobre o pedal de embreagem, ok?
Você já deve ter notado que quando os discos não estão apertados o bastante, você tenta engatar a marcha, mas ela “patina”.
Para quem não entende o que isso significa, é possível comparar com marchas de bicicletas.
Você muda a marcha no trocador da bicicleta, mas a correia não vai para onde você ordenou e fica raspando na coroa.
No caso da embreagem, quando você pisa no pedal, as molas aliviam a pressão do prato e permitem o afastamento dos discos.
Portanto, é importante pisar “com força” no pedal, para que os discos afastem corretamente, permitindo o engate adequado da marcha.
Queimar a embreagem é algo que acontece quando você acelera o veículo sem tirar totalmente o pé do pedal da embreagem.
Quando isso ocorre, o motor faz ainda mais barulho (devido ao aumento da rotação), mas o carro pouco se movimenta.
Logo, vem aquele cheiro de queimado característico.
Isso vai reduzindo a vida útil do sistema de embreagem, podendo causar danos irreversíveis.
Se você gosta de engatar a segunda marcha para arrancar o carro parado, é bom rever essa prática.
Quanto mais alta a marcha que você utiliza para arrancar, maior será o desgaste provocado sobre os discos de embreagem.
O ideal é sempre arrancar em primeira marcha e fazer as trocas no tempo certo, tanto para acelerar quanto para reduzir o veículo.
Como você pode ver, são todos cuidados extremamente básicos, mas que fazem toda a diferença no funcionamento do seu veículo.
Na sequência, você saberá quais formas de uso são adequadas para proteger a embreagem do carro.
Primeiramente, quando for ligar o carro, deixe o veículo desengatado (em ponto morto). Somente depois, gire a chave de ignição. Isso ajuda o carro a não dar “solavancos”.
Motoristas recém-habilitados costumam se confundir e deixar a primeira marcha engatada.
Se estiver pisando na embreagem ao mesmo tempo, irá evitar o solavanco, mas, também, reduzir a vida útil da embreagem.
A segunda orientação é: sempre que for trocar uma marcha, pise na embreagem. Pode parecer simples para você, mas muitas pessoas não fazem isso.
Não pisar na embreagem gera um desgaste excessivo nas peças, o que pode, inclusive, prejudicar imediatamente o funcionamento do veículo.
Lembre-se também de parar de acelerar quando pisar na embreagem. Depois, enquanto a solta, comece a pisar no acelerador.
É um processo extremamente rápido e, com o tempo, torna-se natural a ponto de você nem perceber que está fazendo.
Não faça trocas bruscas de marchas, pois elas danificam o disco e podem até mesmo travar a sua embreagem e a troca de marchas.
Ninguém quer quebrar uma caixa de câmbio e arcar com o valor cobrado por ela, correto?
Por isso, faça as trocas de marchas suavemente.
Quando parar em semáforos, não fique com o pé na embreagem. Coloque o carro em ponto morto e solte o pedal.
Deixar o pé na embreagem por tempo demais causa um superaquecimento do disco e o seu lixamento. Ou seja, mais um custo com que você deverá arcar.
A terceira orientação é: sempre arranque o carro em primeira marcha. Arrancar em segunda ou terceira, por exemplo, pode estragar o sistema de embreagem.
Além disso, use a marcha correta para cada velocidade. Quando você usa uma marcha alta em baixa velocidade ou uma marcha baixa em alta velocidade, acaba sobrecarregando o disco, o que pode torná-lo inútil.
É importante ouvir o motor do veículo. Assim, você aprenderá quando ele pede mais ou menos marcha.
De qualquer modo, enquanto isso não for possível, você pode se guiar pela rotação ideal do motor, informação que pode ser encontrada no manual do proprietário do veículo.
Por fim, se precisar parar em um aclive ou declive, evite ficar pisando na embreagem. Nesse caso, é aconselhado colocar o carro em ponto morto e usar o freio de mão.
Os problemas mais comuns que podem surgir na embreagem estão diretamente relacionados à vida útil desse sistema.
Na sequência, falarei a respeito disso.
De modo geral, a embreagem dura, em média, 40 mil quilômetros.
Contudo, a duração é diretamente relacionada à forma como o veículo é utilizado. Portanto, não será incomum se você precisar trocar o kit de embreagem com apenas 10 mil quilômetros rodados devido ao mau uso.
Contudo, também é possível chegar próximo dos 100 mil quilômetros se ela for corretamente utilizada.
Em resumo, a duração do sistema de embreagem dependerá, em grande parte, de você mesmo.
Nesse sentido, vale a pena falar sobre problemas que você pode vir a ter por conta da embreagem.
No próximo tópico, você poderá conferir quais são eles.
Para manter o seu carro funcionando bem, e a embreagem em perfeitas condições, é bom ficar atento.
Você precisa observar possíveis sintomas de que seu veículo está perdendo desempenho devido a esse componente.
Não sabe como fazer isso? Fique tranquilo!
Listei 4 problemas comuns na embreagem, os quais poderão ser conferidos a seguir.
Esse é um dos problemas mais comuns gerados pelo desgaste da embreagem.
A embreagem deslizando ou patinando significa que o disco da embreagem não consegue mais ser freado pelo platô, devido a algum dano, ou até mesmo ao excesso de fluidos e resíduos, como óleo e graxa.
Esse é um problema sério, que requer atenção imediata, pois pode colocar sua segurança e a da sua família em risco.
Você consegue identificá-lo quando aciona a embreagem e o pedal não volta.
Já imaginou se isso acontece em uma subida ou descida? O risco de o carro não tracionar ou bater em outros veículos será alto.
O melhor a fazer nesse caso é, sem dúvida, substituir completamente o kit de embreagem.
Por mais que o conserto custe caro, a segurança deve estar em primeiro lugar.
Uma embreagem que trava também pode colocar sua segurança e a de sua família em risco.
Imagine só você precisar fazer uma manobra para desviar de outro carro e a marcha simplesmente travar.
Obviamente, nessa situação, você não conseguirá fazer a manobra, podendo causar um acidente.
Por incrível que pareça, isso acontece com uma frequência muito maior do que as pessoas imaginam.
Mas tenho uma boa notícia para você: nesse caso, nem sempre é necessário trocar todo o kit de embreagem.
Pode ser necessário fazer uma simples troca de rolamento do eixo piloto. Ou seja, existe a possibilidade de você não precisar gastar tanto na troca das peças.
Contudo, se esse é um problema que seu carro já apresenta há algum tempo, e você ainda não fez nada a respeito, melhor não arriscar.
Indico a você, nesse caso, trocar o kit completo, pois isso pode ter comprometido outras peças do sistema de embreagem.
É por esse e outros tantos motivos que é tão importante fazer a manutenção preventiva, evitando que o problema sequer apareça.
Acredite, prevenir é sempre mais econômico.
Outro problema que, de tempos em tempos, você pode ter é a embreagem com o pedal duro.
Caso você perceba certa rigidez no pedal, vá até seu mecânico de confiança, para que o problema possa ser solucionado.
Entre todas as trocas que você pode ter de fazer, essa costuma ser a mais em conta, pois geralmente é trocado apenas o cabo da embreagem.
Normalmente, esse problema surge devido ao desgaste em decorrência do tempo de uso, e à falta de lubrificação, o que, em alguns casos, acaba por romper o cabo.
Apesar disso, o mais adequado é consultar seu mecânico de confiança, para ter certeza se é esse o problema, pois pode ser também um empenamento de platô.
Caso seja mesmo o platô, você precisará trocar todo o kit. Ou seja, o que parecia ser uma manutenção barata, se torna uma das mais caras.
De qualquer modo, como eu disse antes, segurança em primeiro lugar.
A embreagem não é um sistema conhecido por ser barulhento. Logo, ruídos excessivos vindos da embreagem nunca será algo comum.
Geralmente, o barulho vem acompanhado de certa dificuldade na hora de trocar a marcha. Sabe quando a marcha tranca para realizar a troca ou dá aquela “engasgada”?
Pode ser que o ruído esteja sendo causado por esse motivo. Outra possibilidade para o barulho é a existência de problemas no pedal da embreagem.
Em ambos os casos, é preciso levar o carro ao mecânico o quanto antes. Além disso, é bastante provável que seja necessário substituir o kit completo.
É provável que o ruído esteja denunciando um desgaste no rolamento, que não está mais funcionando da forma como deveria.
Portanto, caso você escute algum barulho incomum, vá, assim que possível, ao seu mecânico para evitar que o veículo o deixe na mão.
Não fazer a manutenção quando há a indicação de problema pode fazer com que você precise trocar, além do kit da embreagem, a caixa de câmbio.
Nesse caso, você provavelmente gastará bastante dinheiro.
Para evitar que você passe por isso, na próxima seção, explicarei, resumidamente, como identificar o mau funcionamento da embreagem.
Reconhecer problemas comuns na embreagem é muito simples. Você só precisa estar atento a possíveis ruídos. Quer um exemplo?
Acabei de falar que não é normal o pedal da embreagem fazer barulho, lembra? Esse é um sinal.
Outro sinal é quando o barulho vem da marcha ou quando ela arranha na troca.
Sabe quando você vai engatar e a marcha não engata, ou engata depois de muito esforço, ou fazendo barulho? Esse é outro sinal de que a embreagem está ruim.
Falta de flexibilidade, quando o pedal está duro ou totalmente solto, é outro indício.
Sempre que você notar algum desses sinais, procure seu mecânico de confiança ou uma oficina especializada, pois é pouco provável que a embreagem do seu veículo não esteja com problemas.
E não se esqueça de que, quando você trafega com um veículo com defeito, coloca a sua vida e a de outras pessoas em risco.
Além disso, rodar com problemas no veículo prejudica outras peças, o que aumenta o custo da manutenção.
Por isso, quando notar um dos problemas comuns da embreagem, não deixe de realizar uma verificação com o seu mecânico.
Neste artigo, você aprendeu que a embreagem é um dos principais componentes do seu carro, pois é ela a responsável por levar, para o câmbio e para as rodas, a força produzida pelo motor.
Como você viu, o sistema de embreagem é fundamental para que o veículo arranque, pare e rode normalmente.
Espero que você tenha entendido que, por se tratar de uma peça muito utilizada, a embreagem sofre desgaste.
Isso exige de você uma atenção extra, pois, ao primeiro sinal de problema, é preciso agir para evitar prejuízos.
Por fim, evite, de todas as formas, acionar a embreagem desnecessariamente. Dessa forma, estará contribuindo para que esse importante componente do veículo dure por mais tempo.
E quanto mais cuidados tomar, menos custos terá em manutenções corretivas, que são sempre mais caras.
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Referências:
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