Cada vez mais são encontradas formas de burlar o que aponta a lei sobre a regularização de veículos. Na compra e venda de automóveis, isso acontece com frequência, pois são transações em que muitos compradores e vendedores tentam livrar-se de arcar com as questões legais, principalmente quando elas têm algum custo além do valor do veículo.
Nesta semana, um caso detectado pela fiscalização, na cidade de Porto Alegre, reflete bem as estratégias adotadas por compradores e vendedores de veículos como forma de tirarem vantagens, mas que acabam sendo ações ilegais.
Neste artigo, você poderá conhecer mais um dos métodos ilícitos de compra e venda de veículos utilizado por muitos condutores.
O comércio de carros irregulares de preço baixo
Na grande Porto Alegre, foi identificado, em uma blitz da balada segura, um veículo com nada menos do que R$82 mil em pendências administrativas, o que engloba multas e dívidas relativas a taxas obrigatórias que não foram pagas pelo responsável pelo automóvel.
A partir da identificação desse veículo, confirmou-se que vem sendo utilizada mais uma estratégia para uso de carros irregulares. O caso do automóvel faz parte da estratégia tida como “rodar até cair”. Nesses casos, carros são adquiridos sem nenhuma regularização frente aos órgãos de administração de trânsito e por um valor muito menor do que o valor médio de mercado. Isso acontece porque, geralmente, eles têm um alto valor registrado em multas não pagas, que chega, muitas vezes, a superar o valor do automóvel.
Assim, esses veículos são adquiridos pelas pessoas que desejam só rodar com carro, já esperando o momento em que vão cair em uma blitz e acabarão perdendo o veículo pelo fato de terem de abandoná-lo no local da abordagem, visto que o registro não está em seu nome.
Como os veículos acabam caindo no mercado irregular?
Geralmente, os veículos oferecidos por valor bastante inferior ao seu valor pela FIPE são provenientes de uma aquisição já ilegal, seja ela roubo ou fruto de estelionato, como no caso do veículo abordado em Porto Alegre.
Segundo reportagem da rádio gaúcha, o veículo pertence a um morador da cidade de Gravataí, que vendeu seu carro e, até então, não recebeu o valor do veículo. Assim, o automóvel tem sido passado adiante e as multas provenientes de infrações cometidas por outros condutores têm sido acumuladas em seu nome.
Geralmente, nesses casos, as pessoas que estão em poder de um veículo nem conhecem o verdadeiro dono, pois têm interesse apenas em adquirir um veículo com baixo custo, com o qual não tenham maiores gastos com registro legal e, assim, não gastem dinheiro além da manutenção.
Conclusão
De fato, adquirir um veículo com um custo baixíssimo e, ainda, sem ter a necessidade de realizar os trâmites legais, que geram ainda mais gastos, é bastante fácil para qualquer motorista. Entretanto, essa é uma atitude ilegal, na qual o comprador pode estar participando do uso de um veículo roubado ou adquirido, de seu antigo dono, de forma irregular, como realizam os estelionatários.
Por esse motivo, se torna muito mais adequado adquirir um automóvel cuja proveniência se conheça e, dessa forma, seja possível realizar a transição de toda a documentação conforme manda a Lei.
Qual a sua opinião sobre o mercado de veículos sem o registro necessário? Em caso de necessidade, você compraria um veículo mesmo sem ter a possibilidade de registrá-lo em seu nome? Deixe a sua opinião nos comentários!