Proconve L8 é a oitava fase do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve) no Brasil, que estabelece novos limites mais rígidos de emissões de poluentes para veículos. A partir de janeiro de 2025, veículos novos devem atender a esses padrões, incentivando o uso de tecnologias mais limpas, como motores híbridos e elétricos. O objetivo é reduzir a poluição do ar e melhorar a qualidade ambiental.
A fase L8 do Proconve, que começa em 2025, estabelece um sistema de créditos de emissão para ajudar empresas a cumprir os novos limites de poluição. O motor Fiat Fire, um dos mais antigos do Brasil, sairá de linha devido às novas normas. O Fiat Mobi 2025, que ainda usa o motor 1.0 Fire EVO, será atualizado para o 1.0 Firefly ECO PL8.
O Proconve, criado em 1986 pelo Conama, tem como objetivo reduzir progressivamente a produção de gases poluentes e ruídos por veículos. Desde sua criação, o programa passou por várias fases, atualmente na L7, válida desde 2022. As normas da L7 e L8 se aplicam a veículos leves, com peso máximo de 3,5 mil kg.
A L8 introduz um sistema de créditos de emissão, onde veículos que poluem menos geram créditos. As empresas devem enviar um relatório anual ao Ibama com dados sobre suas emissões. Caso ultrapassem os limites, terão débitos; se ficarem abaixo, gerarão créditos que podem ser vendidos a outras empresas.
A L7 permite até 80 mg/km de NMOG+NOx, gases responsáveis pela formação de ozônio. A L8 reduzirá esses limites progressivamente até 2031. Em 2025, os veículos deverão emitir no máximo 50 mg/km, reduzindo para 30 mg/km até 2029.
O Proconve L8 prevê reduções significativas de poluentes, com uma diminuição de até 85% em material particulado e 90,62% em compostos orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio.
Conheça todas as fases do Proconve
Proconve L (Leves)
Fase L-1 (1988):
- Introduzida em 1988, essa foi a primeira fase do Proconve voltada para veículos leves (automóveis e comerciais leves).
- Estabeleceu limites para emissões de monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NOx).
Fase L-2 (1992):
- Introduzida em 1992, essa fase trouxe limites mais rigorosos para CO, HC e NOx.
- Foi necessário o uso de catalisadores nos veículos para atender aos novos padrões.
Fase L-3 (1997):
- Introduzida em 1997, essa fase reduziu ainda mais os limites de emissões.
- Houve a necessidade de adoção de tecnologias mais avançadas de controle de poluição, como a injeção eletrônica de combustível.
Fase L-4 (2006):
- Introduzida em 2006, essa fase exigiu uma redução significativa nas emissões de CO, HC e NOx.
- Introduziu limites para material particulado (MP) emitido por motores a diesel.
Fase L-5 (2009):
- Implementada em 2009, reduziu ainda mais os limites para emissões de CO, HC, NOx e MP.
- Veículos passaram a utilizar tecnologias mais avançadas, como sistemas de recirculação de gases de escape (EGR) e filtros de partículas.
Fase L-6 (2013):
- Introduzida em 2013, trouxe limites ainda mais rigorosos, aproximando-se dos padrões europeus.
- Enfatizou a redução de emissões evaporativas e a melhoria na durabilidade dos dispositivos de controle de emissões.
Proconve P (Pesados)
Fase P-1 (1989):
- Introduzida em 1989, essa fase estabeleceu os primeiros limites de emissões para veículos pesados (caminhões e ônibus).
- Os limites eram estabelecidos para CO, HC e NOx.
Fase P-2 (1994):
- Introduzida em 1994, essa fase trouxe limites mais rigorosos para emissões de CO, HC e NOx.
- Introduziu a necessidade de sistemas mais eficientes de controle de emissões.
Fase P-3 (1997):
- Introduzida em 1997, essa fase exigiu uma redução nas emissões de CO, HC e NOx.
- Tornou-se necessário o uso de tecnologias mais avançadas, como o turbocompressor e sistemas de pós-tratamento dos gases de escape.
Fase P-4 (2000):
- Implementada em 2000, trouxe limites ainda mais rigorosos para emissões de CO, HC e NOx.
- Enfatizou a necessidade de controle mais eficiente das emissões de NOx.
Fase P-5 (2004):
- Introduzida em 2004, essa fase estabeleceu limites mais baixos para emissões de CO, HC e NOx.
- Adoção de tecnologias avançadas como EGR e sistemas de injeção de alta pressão.
Fase P-6 (2009):
- Implementada em 2009, trouxe limites mais rigorosos para CO, HC, NOx e MP.
- Introduziu a necessidade de filtros de partículas e sistemas de redução catalítica seletiva (SCR).
Fase P-7 (2012):
- Conhecida como Proconve 7 ou Euro V, foi implementada em 2012.
- Reduziu significativamente os limites para NOx e MP.
- Exigiu o uso de sistemas de tratamento de gases de escape como SCR e EGR.
Proconve M (Motocicletas e Similares)
Fase M-1 (2003):
- Introduzida em 2003, essa fase estabeleceu os primeiros limites de emissões para motocicletas e similares.
- Limites para CO, HC e NOx foram estabelecidos.
Fase M-2 (2005):
- Implementada em 2005, trouxe limites mais rigorosos para CO, HC e NOx.
- Exigiu melhorias nas tecnologias de motores e sistemas de controle de emissões.
Fase M-3 (2009):
- Introduzida em 2009, essa fase reduziu ainda mais os limites para CO, HC e NOx.
- Adoção de tecnologias mais avançadas para controle de emissões.
Fase M-4 (2014):
- Implementada em 2014, trouxe limites mais baixos para emissões de CO, HC e NOx.
- Adoção de injeção eletrônica e sistemas de pós-tratamento dos gases de escape.
Fase M-5 (2016):
- Introduzida em 2016, essa fase reduziu ainda mais os limites para CO, HC e NOx.
- Exigiu o uso de tecnologias mais avançadas de controle de emissões.
Fase M-6 (2019):
- Implementada em 2019, trouxe limites mais rigorosos para emissões de CO, HC e NOx.
- Enfatizou a necessidade de tecnologias avançadas para controle de emissões e a melhoria da durabilidade dos sistemas de controle.
Essas fases refletem a evolução das regulamentações ambientais no Brasil, buscando reduzir progressivamente a poluição atmosférica causada por veículos automotores e, consequentemente, melhorar a qualidade do ar e a saúde pública.