Várias cidades brasileiras irão receber uma nova tecnologia ligada aos radares de trânsito. Dentre essas cidades se encontram: São Paulo, Curitiba, Anápolis, Salvador, Aracaju e Novo Hamburgo.
Esta nova tecnologia que foi denominada de “Laço Indutivo” consegue detectar e fotografar motoristas que trafegam em alta velocidade e que reduzem apenas quando estão perto do radar. Além disso, a nova tecnologia detecta manobras arriscadas que os motoristas fazem na tentativa de driblar a fiscalização oriunda de radares. O Laço Indutivo é capaz de identificar placas com cobertura antirradar, atravessar pela calçada, fazer contornos indevidos e placas puxadas ou modificadas por algum tipo de cabo. É capaz de identificar motociclistas sem capacete, motoristas que estejam dirigindo na contramão ou fazendo ultrapassagens perigosas e indevidas ou em alta velocidade.
O objetivo deste equipamento é coibir ainda mais a ação de quem ainda insiste em infringir a legislação de trânsito.
O Radar
Radar é o acrônimo em inglês de Radio Detection and Ranging, ou simplesmente sistema de detecção e posicionamento via rádio. É uma das tecnologias mais estudadas em sistemas de radiofrequência, tendo as aplicações aeroespaciais e militares como pioneiras no seu uso e desenvolvimento. Em aplicações automotivas, os radares estão cada vez mais em uso. Fora da engenharia, o termo radar nos faz lembrar a medição de velocidade por dispositivos de rádio. Entretanto, devemos lembrar que a tecnologia de radar também é usada na automação veicular, como em sistemas de estacionamento automático e, mais ultimamente, em sistemas de controle de cruzeiro e anticolisão.
Após conceituar o que é um radar é possível entender as aplicações de um radar e isso enfatiza a importância dos radares tanto para prevenir acidentes quanto simplesmente para inibir e punir motoristas que desrespeitem determinações sobre limites de velocidade e posicionamento na via.
O novo radar: Laço Indutivo
Conforme explica o especialista, apesar de estar sendo chamado de novo radar, na realidade a tecnologia é diferente das usadas nos radares. Nesse equipamento a tecnologia dos radares se combina com a de laço indutivo, esta combinação promove melhoria da medição, do posicionamento e da detecção de velocidade. “Em suma: o laço indutivo tem a capacidade de trabalhar em conjunto com um radar ou outros dispositivos eletrônicos. Com isso, se torna uma tecnologia complementar aos radares já existentes e os sistemas de identificação de imagens e computação”, disse Rodrigo Vicente.
Atuação na segurança no trânsito
O equipamento possibilita medições com maior acurácia dos tipos de corpos que trafegam nas vias e possibilita diferenciar motocicletas, bicicletas, veículos leves e pesados, além de identificar a posição que cada um ocupa na via pública. Rodrigo Vicente enfatiza que “desta forma, uma motocicleta que mudar de faixa em alta velocidade poderá acionar uma câmera e um computador identificando com precisão uma infração.”
O objetivo desta tecnologia é contribuir para combater acidentes, imperícias e imprudências dos maus condutores A tecnologia fecha mais ainda o cerco para as imperícias e imprudências dos maus condutores. Nesse caso, a redução de acidentes vem pela conscientização ou até receio dos condutores em não serem notificados e multados por determinada infração”.
Pensando na segurança do trânsito, a forma como essa tecnologia atuará na prática dependerá da estratégia de cada prefeitura, concessionária ou jurisdição responsável pela instalação e utilização da tecnologia que captura infrações de trânsito.
No Brasil
Conforme informado no início do artigo, os laços indutivos já estão ampla e maciçamente instalados nas cidades mencionadas. Os laços indutivos permitem que diferentes equipamentos sejam conectados e permitem assim detectar diferentes tipos de infrações, esta é a evolução tecnológica, não deixando visível ao cidadão os tipos de dispositivos conectados. Os equipamentos são espécies de quadrados com bordas de metal que podem ser vistos, por exemplo, numa faixa de pedestres.
Rodrigo Vicente citou um exemplo. “Se já há um laço indutivo instalado ao redor de uma faixa de pedestre, pode-se, com um novo equipamento, detectar se o corpo se trata de uma moto ou um veículo de passeio. O equipamento emite, então, uma notificação de penalidade ao condutor do veículo. Entretanto, para outras aplicações, como a detecção de mudança de faixa irregularmente, por exemplo, sem o motorista acionar a sinalização, é provável que se necessite instalar um campo de alguns laços indutivos. Além disso, com câmeras, radares e computadores para melhor comprovar a infração. Várias capitais no Brasil implementaram novas tecnologias de detecção de infrações de diversas naturezas.”
O Laço Indutivo captura diferentes infrações
Devido ao fato de o laço indutivo poder acionar diferentes dispositivos, por meio da variação do campo magnético gerado ou absorvido por ele, é possível que uma comparação e medição instantâneas aconteçam identificando os tipos de veículo com base em arquivos conhecidos.
“Por sua vez, se temos, por exemplo, dois laços indutivos consecutivos, é possível referenciar o primeiro como uma origem e medir o tempo que determinado veículo precisou para alcançar o segundo laço. Como a distância é conhecida, a partir dessa marcação de tempo, calcula-se a velocidade e, se acima de determinado limiar, se for o caso, dispara-se um radar para medir a velocidade com mais precisão e, principalmente, uma câmera para arquivar a informação sobre o veículo” complementou Rodrigo.
Conclusão
As tecnologias de detecção de infrações atuam na grande maioria das vezes depois que os acidentes ou ações que podem causar um acidente acontecem, todavia uma forma que permitira reduzir drasticamente a quantidade de acidentes seria a instalação de radares nos veículos e não nas vias. A tendência é a evolução natural dessas tecnologias com veículos de direção automatizada, conectividade entre eles e entre a infraestrutura de vias públicas, municipais e estradas.