Se você é daqueles que só se preocupa com a troca de óleo do carro quando aparece uma luz diferente no painel, é bom ficar ligado.
Há, no mercado, diferentes marcas e produtos para colocar óleo no motor e cada um deles tem uma durabilidade particular.
É por essa e outras razões que você precisa entender o mínimo do assunto para garantir o bom funcionamento do veículo. A troca de óleo do carro é extremamente importante para o prolongamento da vida útil de seu automóvel.
Você sabia que é esse óleo que mantém o motor lubrificado, sem ruídos estranhos no motor, reduzindo episódios de superaquecimento, falhas na partida, perda de potência e aumento no consumo de combustível?
Por tudo isso, trocar óleo do carro ajuda a evitar acidentes e salva vidas.
Neste artigo, você vai saber como e quando trocar o óleo do carro. Também vai conferir dicas úteis para cuidar melhor do seu automóvel.
Falaremos ainda sobre peças e outros focos de manutenção que precisam ser realizados além da troca de óleo de motor.
Tenha em mente que conhecer o seu veículo é também um comportamento de direção defensiva e pode ajudá-lo a evitar multas.
Quer entender por quê? Então, siga a leitura.
Você já deve ter reparado que seu carro possui um número enorme de componentes, certo?
Eles são cheios de peças que necessitam de lubrificação para continuar funcionando perfeitamente e não desgastar.
A grande dificuldade de tudo isso é a rápida troca de calor que acontece no motor. Ou seja, o óleo deve continuar com as mesmas as características lubrificantes no calor ou frio.
Para isso, é preciso tanto usar o óleo que é recomendado para o seu carro, quanto trocá-lo periodicamente. Um óleo errado prejudica o funcionamento do motor.
A falta dele pode ser ainda pior e fundir o motor. Além disso, avarias na bomba de óleo podem levar ao mesmo fim.
Então, por razões de desempenho do carro, você já tem um bom motivo para providenciar a troca do óleo do carro na frequência indicada pelo fabricante.
Cabe lembrar, também, que há o aspecto financeiro que aparece na troca indiretamente.
Já pensou no gasto que você teria após fundir o motor? E quer mais uma justificativa para ficar ligado na troca do óleo? Não ser multado.
É isso mesmo.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê uma série de infrações que podem se confirmar a partir de problemas gerados pela adulteração ou insuficiência de óleo no carro.
Confira só alguns exemplos de situações que podem gerar alguma dor de cabeça:
“Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado:
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
II - nas demais vias:
Infração - leve;
Penalidade - multa.”
“Art. 181. Estacionar o veículo:
(...)
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
(...)
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
(...)
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido Estacionar):
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo”
“Art. 231. Transitar com o veículo:
(...)
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
(...)
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização”
Veja por esses exemplos que se o seu carro simplesmente parar de funcionar por problemas no óleo do motor, você pode ser multado de diversas formas.
Na mais grave delas, em caso de pane em rodovia, parar na pista de rolamento gera uma multa gravíssima e a remoção do veículo.
Ainda de acordo com o artigo 231, existe a possibilidade de “queimar óleo” e produzir fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados pelo Contran, o Conselho Nacional de Trânsito.
Nesse caso, a multa é grave, com retenção do veículo para regularização. Não dá para dar bobeira, não é mesmo? Então, inclua a troca de óleo do carro na sua agenda.
Se você está convencido sobre a necessidade de trocar o óleo do seu automóvel, confira agora as dicas valiosas que separamos para você.
O objetivo dessa lista é adotar cuidados para estar com a manutenção em dia, reduzir a chance de prejuízos e garantir o menor desgaste possível de peças essenciais para o funcionamento do veículo.
Para descobrir a data certa da troca de óleo do carro, consulte o manual do proprietário do veículo (aquele livro que geralmente fica dentro do porta-luvas).
Esse documento diz exatamente tudo o que você precisa saber sobre o seu carro, pois o tempo de troca e a quilometragem variam conforme o veículo.
Quando for fazer a troca de óleo do carro, você vai precisar cuidar para sempre usar o produto específico para o seu veículo, seja ele de base mineral, semissintética ou sintética.
Nunca misture óleos diferentes, pois isso prejudica o funcionamento do seu motor.
Além disso, o lubrificante tende a perder a viscosidade com os meses e esse é um fator importante para a conservação das peças.
Motor sem lubrificante ou que está com viscosidade baixa gera atrito nas peças, diminuindo a vida útil e potência do motor.
O tempo exigido para a troca varia de acordo com a base do óleo.
Normalmente, ela deve ocorrer a cada cinco mil quilômetros para óleos de base mineral, dez mil para semissintético e vinte mil para sintético.
Por isso, é colado aquele adesivo na área interna do parabrisa, informando a quilometragem da última troca e quando deve ser realizada a próxima.
Caso você não faça essa troca de óleo do carro no prazo estipulado, o veículo pode começar a apresentar falhas leves, como um aumento gradativo no consumo de combustível.
Se nada for feito, surgem as falhas graves, como o superaquecimento ou até mesmo a fundição do motor.
Em linhas gerais, o período para a troca de óleo do carro é de 5 mil a 20 mil quilômetros ou seis meses. A recomendação vale, é claro, para quando o carro estiver em perfeitas condições.
No entanto, quem fica preso por muito tempo em engarrafamentos, utiliza o carro na estrada com frequência ou mora em regiões muito quentes, precisa ter cuidados redobrados.
Nessas situações, é natural que os prazos e a quilometragem exigida caiam até pela metade da média.
Outro fator que você precisa ter cuidado é caso seu carro tenha passado por uma enchente. Em situações de alagamento, por precaução, é importante verificar o nível do óleo.
Não é raro que tenha que ser realizada a troca antes do prazo previsto.
Se desejar verificar o nível do óleo por conta própria, há cuidados a adotar.
Em primeiro lugar, é importante que você esteja com o motor desligado por pelo menos uns cinco minutos. Isso evita que o óleo ainda esteja quente demais, causando acidentes.
O que acontece é que o veículo estava rodando e parte do óleo subiu para o motor para lubrificar as peças.
Esse tempo de pelo menos cinco minutos é necessário para o óleo retornar à posição ideal, proporcionando uma medição correta.
Antes disso, obviamente, vai parecer que seu veículo está com menos óleo do que realmente possui.
Para obter condições ideais de temperatura e quanto a outros fatores que possam atrapalhar a medição, a recomendação é que a verificação do óleo seja feita antes de ligar o carro.
Pode ser logo pela manhã, antes de sair para o primeiro compromisso do dia.
Ao fazer a verificação, tenha uma flanela ou até mesmo um papel higiênico à mão, pois precisará limpar a vareta.
Então, para verificar o óleo, primeiro retire a vareta de medição do óleo e a limpe. Lembre-se de não deixar resíduos de papel ou pano na vareta, pois isso suja o óleo do seu veículo.
Coloque a vareta limpa no medidor e retire-a novamente.
Dessa vez, você terá a real medida de óleo.
Existem duas marcações na ponta da vareta: uma indica o mínimo e outra que indica o máximo de óleo. O ideal é que a marca do óleo esteja no meio das duas marcações.
Quanto mais baixo for o nível do óleo, mais próximo à ponta fica o óleo. Se a marca estiver abaixo do mínimo, significa que chegou a hora da troca de óleo do carro.
Se ultrapassar a marca máxima, é necessário drenar óleo para não estragar o cárter.
Um dos mitos que costumam circular é de que o óleo escuro indica que precisa ser trocado.
Na verdade, essa cor escura quer dizer que o óleo está desempenhando muito bem sua função, que é limpar as peças do motor e lubrificá-las.
Outro fato importante é a textura. Quando o óleo está quente, ele fica mais fino. Você pode reparar isso em outros óleos.
Por exemplo, com o óleo de cozinha, quando ele esquenta a textura dele fica mais fina. Isso não quer dizer necessariamente que o óleo esteja ruim, mas sim que foi verificado no momento errado.
Embora a checagem do óleo seja uma ação bastante simples, o ideal é ter pessoas com experiência e conhecimento e que sejam de sua total confiança para realizar a verificação.
O que acontece, muitas vezes, é fazer a medição do nível na pressa, ao parar para abastecer em postos de combustíveis.
Como vimos, não é o cenário ideal, tanto por temperatura quanto por outros fatores que podem ter alterado o nível do óleo.
Além disso, ao abrir o capô para a checagem, é natural que frentistas encontrem outros “problemas” que você precisa reparar com urgência, comprando algum aditivo vendido no posto. Nunca aconteceu isso com você?
Este é um tema que divide opiniões.
Muitas vezes, utilizar o produto na troca de óleo do carro mais atrapalha do que ajuda.
Isso acontece, por exemplo, ao utilizar um aditivo errado, incompatível com o motor.
Para motores novos, não é necessário investir em aditivos, segundo afirmou o coordenador do Instituto de Qualidade Automotiva, José Palácio, à jornalista Tereza Consiglio para a Revista Auto Esporte.
Por outro lado, em alguns casos, o aditivo pode ser útil para evitar o acúmulo de sujeira no interior do bloco do motor. Mas o que irá definir se ele é ou não necessário é o que diz o manual do proprietário.
Afinal, cada carro tem suas próprias necessidades.
Muitas vezes, por desconhecimento, proprietários de veículos adiam a troca de óleo do carro por acharem que a substituição é cara.
Muito pior, porém, é tentar economizar no óleo e gerar gastos muito mais altos com manutenção corretiva.
Além disso, a troca não costuma sair tão cara quanto muitos motoristas imaginam.
Tudo depende do tipo de óleo utilizado, é claro, mas é difícil que você gaste mais do que R$ 200 para o procedimento.
É verdade que o óleo sintético custa mais. Por outro lado, como seu rendimento é maior, atrasar a troca é também uma economia que não vale a pena.
Falando em economia, a moda do “faça você mesmo” não se aplica à troca de óleo do carro.
A sua casa está longe de ser o lugar ideal para fazer a troca.
Além disso, a não ser que você tenha bons conhecimentos em mecânica, vai correr um risco grande de cometer um erro que pode prejudicar o funcionamento do motor.
E tem ainda as questões de segurança. Se você abrir o cárter para tirar o óleo velho com o motor quente, isso pode causar lesões gravíssimas em você.
Essa é mais uma dica para quem quer economizar onde não pode.
Mecânicos experientes sempre dizem: de que adianta colocar um óleo novo se o filtro está sujo?
É nele que ficam todas as impurezas geradas pelo motor. Ou seja, um filtro sujo acaba sujando o óleo e invalidando a troca.
De quebra, isso aumenta o consumo de combustível e prejudica o motor. Então, ao trocar o óleo, substitua também o filtro.
Se você cuidou direitinho da troca de óleo do carro, fez parte da lição de casa para garantir o bom funcionamento do motor.
Mas é preciso checar outras partes do veículo para garantir a segurança do condutor e passageiros.
Vamos a elas?
Além da troca de óleo do carro, outra parte importante para o motor é o filtro de ar.
A função do filtro de ar é a de reter impurezas que podem entrar no motor. Entre elas, está principalmente a poeira, que pode se infiltrar na câmara de combustão do motor.
Um filtro com muita sujeira diminui a passagem de ar para o motor. Isso causa um alto desgaste de peças importantes para o funcionamento do motor, tais como pistões, anéis e cilindros.
Com isso, em um primeiro momento, é possível que ocorra um aumento no consumo de combustível. Por isso, a dica é: ao trocar o óleo e o filtro de óleo, substitua também o filtro de ar do motor.
Importante: nunca retire o filtro de ar pensando em aumentar a potência do motor, pois isso gera graves problemas à injeção eletrônica.
Outras peças que merecem atenção para trocas são os cabos de vela e as velas do motor.
Se não houver uma manutenção preventiva, a partida do carro pode enfrentar problemas, como demorar mais que o normal.
Essas peças são muito importantes também para um bom funcionamento do motor. A vela gera a faísca da ignição, que faz o motor entrar em funcionamento.
Além disso, ela pode diagnosticar diversos problemas no motor, como a passagem de óleo para os cilindros, uma falha na injeção do veículo, válvulas com defeito ou, até mesmo, que o combustível que você está usando está “batizado”.
É muito comum velas queimarem quando o combustível está batizado devido à presença de água, que não se mistura com a gasolina.
Caso não sejam trocadas, podem aumentar o consumo de combustível do carro.
Para aumentar a segurança do seu veículo, além de fazer troca de óleo do carro de maneira regular, conforme orienta o manual do proprietário, é importante conferir as palhetas dos limpadores.
A média de duração das palhetas é de um ano. Só que isso pode variar bastante devido a fatores diversos.
Temperatura, umidade e exposição prolongada ao sol são alguns dos aspectos mais decisivos na vida útil do acessório.
E tem ainda a questão da sujeira, ou seja, o quanto seu carro está sujo quando as palhetas passam sobre o pára-brisa.
Você deve olhar se elas estão gastas e se estão endurecidas. Se isso ocorrer, a eficácia do acessório será bastante reduzida, prejudicando a visibilidade em dias de chuva.
Imagine enfrentar uma tempestade nessas condições? O risco de acidentes sobe bastante, com toda a certeza.
Você aprendeu neste artigo que se preocupar com a troca de óleo do carro é muito mais importante do que se costuma acreditar.
Afinal, há muitos problemas que podem surgir ao negligenciar esse aspecto da manutenção preventiva.
Os transtornos podem ser tanto de ordem econômica como afetar a sua segurança e a dos demais atores no trânsito.
Além disso, você viu como a troca pode prolongar a vida útil do motor do seu veículo e reduzir custos, como no consumo de combustível, por exemplo.
Você aprendeu ainda quais cuidados deve ter quando for medir o óleo e realizar a sua substituição - que não deve ser feita em casa.
Também conferiu que todas as especificações para troca de óleo do carro (quilometragem, base e viscosidade) estão presentes no manual do proprietário. Essa é, talvez, a principal das dicas.
Como cada modelo de automóvel tem suas especificações próprias, não dá para trocar o óleo com base no “achismo”.
Todas as suas dúvidas relacionadas à manutenção do carro podem ser solucionadas ali. E é para isso que o manual se destina.
Além disso, sempre é válido recorrer a especialistas, como um mecânico de sua confiança. Não dá para arriscar sua segurança ao rodar com um carro sem as melhores condições, concorda?
Então, cuide do seu veículo e faça a troca de óleo do carro conforme as orientações fornecidas pelo seu fabricante.
E tem mais: como você viu neste artigo, em caso de pane, há boas chances de ser multado por isso. O CTB traz várias infrações nas quais a sua conduta pode acabar se encaixando, dependendo do caso.
É melhor prevenir do que remediar!
Mas se for multado, já ensinamos aqui em diversos artigos como entrar com um recurso. Se você precisar de ajuda, não deixe de entrar em contato conosco. A equipe de especialistas do Doutor Multas estará pronta para atendê-lo e solucionar todas as suas dúvidas.
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