Você sabia que o rodízio de pneus é uma medida adotada em prol da segurança no trânsito?
A troca de posição dos pneus do veículo serve para igualar seus níveis de desgaste, de modo que não haja diferenças entre dois pneus localizados no mesmo eixo.
Antigamente, fazer rodízio de pneus era algo extremamente comum para os proprietários de veículos.
Hoje, porém, muito se questiona sobre a real necessidade dessa medida.
O pneu é um dos componentes que, quando em bom estado de conservação, garante a estabilidade do veículo.
Tê-los em bom estado, portanto, é fundamental para dirigir com tranquilidade e segurança.
Tanto é que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu art. 230, inciso XVIII, determina como infração a conduta de dirigir o veículo em mau estado de conservação.
Mas será que você precisa se preocupar em fazer rodízio de pneus periodicamente? Além disso, há um prazo previsto para a troca?
Neste artigo, responderei a essas e diversas outras dúvidas relacionadas ao assunto.
Siga a leitura e fique bem informado.
Antes de responder a essa pergunta, preciso explicar a você do que se trata o rodízio de pneus.
É bem simples entender.
Como dito na introdução deste artigo, o rodízio consiste na troca periódica da posição dos pneus nos eixos do automóvel, isto é, colocar os dianteiros na parte de trás e vice-versa.
Com o uso, os pneus desgastam por conta do atrito da borracha com o chão, o que faz com que percam aderência ao solo, deixando o veículo instável.
A menos que você nunca utilize seu carro, o desgaste é natural. No entanto, quando ele é excessivo, seu veículo encontra resistência para se manter firme no chão, o que aumenta o risco de derrapagens.
Nesse sentido, diversos especialistas em carros, e até mesmo montadoras de veículos, afirmam que o rodízio pode aumentar a vida útil do pneu consideravelmente.
Por outro lado, há quem defenda que a medida, na verdade, não faz diferença alguma no que se refere à conservação do pneu.
A verdade, provavelmente, é que realizar rodízio de pneus tem prós e contras.
Bom, uma vez que fazer rodízio de pneus não é uma obrigação trazida pela legislação de trânsito, você é quem decide se é ou não uma boa ideia fazê-lo.
De qualquer modo, conhecer a opinião de especialistas no assunto pode ajudá-lo a decidir o que fazer, caso você esteja em dúvida.
A seguir, apresentarei vantagens e desvantagens do rodízio de pneus, explicadas por montadoras de veículos.
Para a fabricante Bridgestone, não fazer rodízio de pneus pode gerar problemas.
A maior fabricante de pneus do mundo reforça que, normalmente, os pneus dianteiros sofrem desgaste antes dos traseiros, por conta do maior esforço causado pela direção e tração do veículo. Assim, o desgaste acontece desigualmente entre pneus do mesmo eixo.
Em decorrência disso, o desempenho do carro muito provavelmente será afetado. Nesse sentido, o rodízio aumenta a durabilidade dos pneus – porque torna o desgaste natural mais uniforme – e, consequentemente, a segurança do veículo.
Como eu disse, nem todo mundo recomenda a prática de trocar a posição dos pneus do veículo.
As marcas Renault e BMW fazem parte do time de fabricantes de veículos contrárias ao rodízio de pneus.
Nesta reportagem da revista Quatro Rodas, a BMW argumenta que, devido à diferença existente entre os pneus dianteiros e traseiros dos veículos por ela produzidos, o procedimento de troca não surtirá o efeito desejado.
A Renault, por sua vez, considera que é mais vantajoso – e seguro – substituir os pneus quando comprometidos. No entanto, ela também recomenda uma espécie de rodízio, ao indicar que os pneus traseiros sejam colocados na parte dianteira, e os novos sejam colocados na parte traseira.
Você já viu alguns pontos de vista sobre o rodízio de pneus por parte de fabricantes importantes de veículos.
Mas vale a pena ampliar um pouco, trazendo ainda mais opiniões sobre o assunto.
De acordo com José Carlos Quadrelli, gerente geral de Engenharia de Vendas da Bridgestone, só o rodízio não basta.
Sempre que ele for realizado, é preciso alinhar e balancear as rodas, verificar a pressão indicada pelo fabricante e checar as condições das válvulas de ar.
No caso das rodas, por exemplo, é importante buscar por amassados ou trincas.
Já a recomendação da Michelin é para que o proprietário do automóvel examine de forma periódica os pneus, interna e externamente.
Caso perceba, durante a verificação, que há desgaste maior nos pneus do eixo dianteiro do que nos do eixo traseiro, a fabricante recomenda o rodízio de pneus entre os eixos.
E se os pneus se desgastam mais em um lado do carro?
Nesse caso, a Michelin recomenda inverter os lados dos pneus para conservá-los por mais tempo.
Essa é também uma forma de uniformizar o desgaste em todas as posições dos pneus.
Como você pode perceber, o rodízio é indicado para aumentar a durabilidade dos pneus.
Além disso, é possível dizer que o número de recomendações é maior do que o de advertências quanto à prática.
Portanto, reitero: se você considera importante, não há problema algum em fazer o rodízio periodicamente.
Na seção seguinte, você saberá quando é o momento de adotar a medida.
Seguindo a dica dada pela Michelin, não há um momento exato para realizar o rodízio de pneus.
A fabricante indica que isso seja feito sempre que o desgaste não estiver harmônico entre os quatro pneus.
Contudo, de um modo geral, os especialistas costumam recomendar que o rodízio de pneus seja realizado quando o veículo tiver entre 5 e 10 mil quilômetros rodados.
De qualquer modo, uma boa inspeção visual também pode apontar o desgaste do item.
Além disso, você pode fazer o rodízio sempre que for trocar o óleo do motor, o que normalmente deve ocorrer com a mesma periodicidade.
Para não restar dúvidas, consulte o manual do proprietário do seu veículo. Nele, você terá essa e outras informações importantes a respeito do seu funcionamento.
Inclusive, por meio dele, você saberá qual intervalo é mais adequado para a realização da manutenção do seu veículo.
Depois de saber quando, obviamente você deve saber de que forma fazer o rodízio.
Descubra a seguir.
Ao realizar o rodízio de pneus, é preciso adotar alguns cuidados essenciais para não prejudicar o funcionamento do veículo.
O seu carro possui tração dianteira ou tração traseira?
Se você tiver um carro com tração dianteira, é indicado que faça um rodízio misto.
Mas o que isso quer dizer?
Mantenha a posição dos pneus, que atualmente estão na parte da frente do carro, ao direcioná-los para a parte traseira.
Ou seja, o pneu do lado esquerdo dianteiro deve ser mantido no lado esquerdo, quando passar a ocupar o eixo traseiro.
Já no caso dos pneus traseiros, o rodízio deve ser cruzado.
O pneu que está no lado direito do carro, quando for colocado no eixo dianteiro, deve ser posicionado no lado esquerdo.
O rodízio cruzado de pneus é indicado também para os carros com tração traseira, mas em ordem contrária.
Ou seja, os pneus traseiros vão para a frente, mas mantidos em sua posição lateral.
Já os pneus dianteiros vão para a parte traseira de forma cruzada: o esquerdo sendo colocado no lado direito e vice-versa.
A princípio, isso pode parecer um pouco confuso, mas o segredo é apenas identificar se a tração do seu carro é traseira ou dianteira.
Importante: diversos especialistas recomendam que o pneu estepe também seja incluso no rodízio, enquanto outros argumentam que, devido à exposição sofrida por este pneu, não é necessário que ele entre no rodízio.
Desse modo, como eu já disse, vale a pena conferir as condições do pneu para saber se é necessário ou não incluir o estepe no rodízio.
Na sequência, saiba como deve ocorrer o rodízio de pneus de veículos com tração 4x4.
Se você seguir minha dica e se guiar pela tração do veículo, é muito possível que fique em dúvida quanto ao que fazer se o seu veículo tiver tração nas quatro rodas.
No entanto, saiba que nesse caso é ainda mais fácil.
A regra é realizar o rodízio em X, cruzando os pneus.
Assim, aquele que está à esquerda vai para a direita e ainda troca de posição entre os eixos dianteiro e traseiro.
Mas, como toda regra tem sua exceção, se os pneus forem unidimensionais, ela não se aplica.
Para não errar, você deve adotar duas ações basicamente.
Se você fizer essas duas coisas, estará cuidando bem da manutenção do seu carro.
Muito simples, não é?
E o melhor é que, fazendo isso, você também diminui gastos com o veículo. Afinal, não seria nada em conta trocar todos os pneus do veículo de uma só vez.
Aproveitando o gancho, veja, a seguir, como manter os pneus em boas condições e, assim, economizar seu dinheiro.
Ninguém quer que os pneus do veículo desgastem antes do tempo, não é mesmo?
Afinal, isso antecipa a necessidade de troca dos itens, o que é sempre um gasto considerável.
Mas dá para controlar esse desgaste a fim de não precisar comprar pneus novos?
Dá, sim. E isso é possível se você tomar alguns cuidados básicos quando estiver dirigindo.
As dicas são:
Já se a troca for indispensável, também é possível economizar, mas com cautela. Comprar um pneu de má qualidade também pode resultar em desgaste precoce.
De acordo com o engenheiro mecânico Denis Marun, em artigo publicado no portal de notícias G1, é necessário tomar cuidado com descontos exagerados, ao pesquisar diferentes preços de pneus.
Segundo Denis, o alto valor cobrado pelo pneu é, sem dúvida, uma indicação de sua confiabilidade quanto à qualidade e segurança.
Portanto, para garantir sua tranquilidade, vale a pena gastar um pouco mais.
Nas próximas seções deste artigo, esclarecerei 13 dúvidas tidas por muitos motoristas a respeito dos pneus.
Não deixe de conferir, pois certamente fará diferença na maneira como você cuida do seu carro.
Neste tópico, você verá uma série de perguntas e respostas sobre diversos aspectos relacionados ao pneu de um carro.
Se não encontrar a solução que procura, deixe um comentário ao final do artigo, para que eu possa ajudá-lo.
E uma dica que deixo para você é: tenha sempre em mãos o manual do veículo.
Você pode mantê-lo no porta-luvas do automóvel, de modo que, quando precisar de uma orientação específica, tenha as informações disponíveis.
1 - Qual a calibragem ideal do pneu?
O manual do proprietário informa o volume de ar preciso para a correta calibragem dos pneus.
De qualquer modo, Renato Romio, do Laboratório de Motores do Instituto Mauá de Tecnologia de São Paulo, em reportagem do G1, afirma que os proprietários devem seguir à risca as indicações do fabricante do veículo.
Portanto, o ideal é não colocar nem mais nem menos ar, mas a pressão exata. Isso se deve ao fato de que exagerar na pressão pode fazer com que o veículo perca sua estabilidade.
Os pneus não têm prazo de validade determinado.
Mas é muito comum as principais marcas mundiais de pneus oferecerem uma garantia de cerca de cinco anos.
De qualquer modo, não esqueça: quanto maior a quilometragem do carro, maior será o desgaste dos pneus.
Em condições de uso normais, recomenda-se que os pneus sejam calibrados de 15 em 15 dias.
Já se você utiliza o veículo com muita frequência, ou trafega por longas distâncias, pode calibrar os pneus a cada 500 quilômetros rodados.
A frequência de calibragem poderá ser bem menor se o seu veículo é pouco utilizado. A cada 30 ou 40 dias será suficiente.
Atenção: os pneus devem estar frios para que possam ser calibrados.
É claro que sim.
Se os pneus do seu carro estiverem bem calibrados, por exemplo, o consumo de combustível será menor.
Sim!
Você poderá ser multado caso os pneus do veículo estejam carecas.
Embora o CTB não determine como infração a má condição dos pneus especificamente, como você viu na introdução, seu art. 230 define como infração a prática de conduzir o veículo em mau estado de conservação.
A infração é grave, gera multa no valor de R$ 195,23, 5 pontos na CNH, e ainda a retenção do veículo para regularização, como medida administrativa.
Pneus desgastados ou de má qualidade são um grande problema para todos no trânsito, visto que, por conta deles, o risco de ocorrer um acidente será muito maior.
São pneus que possuem a capacidade de rodar mesmo quando furados.
Essa capacidade é limitada a 80 quilômetros, desde que o veículo esteja trafegando a uma velocidade de até 80 km/h.
A proposta deste tipo de pneu é dispensar a necessidade de estepe, e garantir que o motorista consiga chegar até uma oficina (ou local específico) para fazer a troca do pneu.
Infelizmente não.
Isso porque o veículo precisa ser equipado com sensor de pressão.
Sem o sensor, é possível que o motorista não perceba caso os pneus fiquem sem ar, o que também aumenta o risco de acidentes.
O pneu careca é aquele cuja banda de rodagem está lisa, isto é, com menos de 1,6 mm de profundidade.
Quando isso acontece, obviamente, o pneu não funciona exatamente da forma como deveria e, em consequência disso, trafegar com o veículo passa a ser bastante inseguro.
Para aderir ao solo, os sulcos (frisos) do pneu devem estar em perfeita ordem. São eles, inclusive, os responsáveis por drenar a água da pista em dias chuvosos, evitando a perda de aderência e o risco de aquaplanagem.
Caso você tenha ficado em dúvida ao ler o tópico anterior, a banda de rodagem é a parte do pneu que está em contato direto com a pista.
Ela é composta por ranhuras, barras e sulcos.
A função das ranhuras é permitir a passagem de ar, de modo a refrigerar a borracha do pneu.
A das barras, por sua vez, é gerar tração.
Já a função dos sulcos é drenar a água e, assim, evitar que o veículo deslize na pista.
Em resumo, os sulcos contribuem para a estabilidade do carro, dificultando a aquaplanagem.
A aquaplanagem acontece quando o automóvel desliza, ao entrar em contato com o asfalto molhado por conta da chuva, perdendo a estabilidade.
Mas é possível evitar a aquaplanagem.
Segundo a física Mariane Mendes, para isso, você deve seguir quatro principais dicas. São elas:
A aquaplanagem pode causar acidentes graves nas estradas. Por isso, tome muito cuidado ao dirigir em dias de chuva.
O pneu careca prejudica, de forma considerável, o tempo de resposta do veículo em relação à frenagem.
Imagine que o carro está trafegando a 60 km/h e um pedestre atravessa a rua.
O motorista freia o automóvel de maneira brusca para não o atropelar.
Devido à pouca aderência do pneu careca ao solo, o carro, ao frear, percorrerá uma distância maior até parar completamente.
Ou seja, será quase impossível evitar o atropelamento.
O estepe nada mais é do que um pneu reserva. Mas, assim como os demais, ele também requer alguns cuidados.
Verifique periodicamente se ele não está vazio ou furado. Isso pode acontecer mesmo quando o pneu não é utilizado.
É comum o motorista encher os quatros pneus e esquecer o estepe porque ele é pouco usado.
Mas, se um dia você precisar trocar um pneu furado, o estepe deverá estar em plenas condições de uso para substituí-lo.
Além disso, conforme o art. 230, inciso IX, do CTB, conduzir o veículo sem um dos equipamentos obrigatórios ou estando este ineficiente ou inoperante é infração grave.
As penalidades previstas a quem a comete são multa no valor de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.
Ainda, você terá seu veículo retido para regularização.
Com a leitura deste artigo, você está bem informado a respeito do rodízio de pneus e sabe, agora, como trocá-los de eixo.
Esse é um cuidado preventivo que aumenta a durabilidade dos pneus e, de quebra, ainda preserva a segurança dos ocupantes do veículo.
Posso dizer a você que o preço cobrado por um serviço de rodízio de pneus não é absurdamente alto.
Certamente, você gastará menos do que se optar por comprar pneus novos.
De qualquer modo, se a substituição dos pneus for indispensável, você não terá outra alternativa.
Espero que a seção de dúvidas tenha ajudado a esclarecer questões importantes relacionadas aos pneus automotivos.
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Você costuma fazer rodízio de pneus no seu veículo? O que acha disso? Deixe seu comentário abaixo.
Referências:
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