Não importa o destino, ao viajar pelas rodovias brasileiras, os pedágios são uma companhia certa.
Você pode não gostar deles - e provavelmente não gosta -, mas não há como escapar dessa despesa.
Então, se é assim, melhor mesmo é aprender a calcular o custo do pedágio e seu impacto nos gastos do passeio.
Este é um artigo que vai ajudá-lo nesse sentido, mas vamos além.
Iremos apresentar informações úteis para o seu planejamento, como calcular gasto de combustível em viagem, traçar rotas entre cidades, descobrir quantos pedágios têm por onde irá passar e muito mais.
Dessa forma, você poderá embarcar em sua próxima aventura no asfalto com o bolso preparado, sabendo o peso das tarifas de pedágios nele.
Então, quer meter o pé na estrada?
Prepare a carteira e siga a leitura!
Entender a existência dos pedágios exige saber mais sobre como funciona as finanças públicas em nosso País.
Todos sabemos que é responsabilidade do Estado (em todos os níveis) providenciar aos cidadãos segurança, saúde e educação, certo?
E para que isso aconteça, são necessários gastos enormes.
As condições das estradas brasileiras não costumam ser consideradas nessa conta, exceto quando administradas por autarquia pública.
O resultado é que sobra para a iniciativa privada realizar o trabalho de conservar as rodovias de modo a assegurar a segurança no trânsito.
Mas é claro que as empresa concessionárias não fazem isso de graça.
Assim, o Estado ou a União leiloa a administração de rodovias ou trechos delas.
Quem se candidata se compromete a cuidar da sua conservação e, em contrapartida, instala praças de pedágio para cobrar a passagem de veículos.
Antes de participarem da licitação, as concessionárias de pedágios devem apresentar projetos que visem a melhoria do trecho que elas desejam cuidar.
Ao final da concorrência, são assinados contratos de concessão de rodovias com duração de 10, 15 ou até 20 anos.
Então, resumindo a história, os pedágios servem para termos estradas melhores para trafegar.
Mas vale destacar ainda que os recursos dos pedágios podem ser utilizados também para outros fins.
Parte das grandes somas de dinheiros que são coletadas dos motoristas são revertidas em impostos para as cidades ao redor da rodovia.
Isso ao menos em teoria, claro. Se você anda por trechos com buracos, é seu direito reivindicar melhorias.
Nem sempre as concessionárias de pedágio realizam bem o seu trabalho de conservação das rodovias.
Infelizmente, acontece.
O motorista paga altos valores de pedágios e recebe em troca uma estrada sem boas condições para trafegar.
De acordo com este site, os critérios para uma rodovia estar em boas condições é a sinalização, pavimentação e geometria da via.
Os piores trechos que foram identificados pela Pesquisa CNT de Rodovias são os seguintes:
1º. Trechos agrupados no PR
BR-277, BR-376, PR-090, PR-323, PR-407, PR-444, PR-445, PR-508.
2º. Arapongas PR - Curitiba PR
BR-376.
3º. Salvador BA - Estância SE
BA-099, SE-318.
4º. Prata MG - Goiânia GO
BR-153.
5º. Ourinhos SP - Cascavel PR
BR-158, BR-369, BR-376, PR-317.
É interessante saber como é feito o cálculo para definir qual será o valor pago pelos motoristas nos pedágios.
Esse é um conceito conhecido como tarifa quilométrica básica.
Isso significa que a concessionária cobra de maneira proporcional aos quilômetros que ela é responsável pela manutenção.
Interessante, não?
Mas se você acha caro o valor dos pedágios pelas estradas brasileiras, saiba que eles estão abaixo da média mundial.
Quem afirma é o economista Carlos Campos, coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, nesta reportagem.
Segundo ele, os motoristas brasileiros pagam uma média de R$ 8,77 a cada 100 Km em rodovias da iniciativa privada.
Já o valor mundial dos pedágios está R$ 9,35.
Uma das razões para isso é que as rodovias que foram concedidas às concessionárias precisavam de reformas e não ser construídas.
Ou seja, o investimento da iniciativa privada na rodovia foi menor do que se tivesse que fazer uma nova.
Um dos pedágios mais caros do Brasil é o do Sistema Anchieta-Imigrantes, que é administrada pela Ecovias, no estado de São Paulo.
Ele custa R$ 25,60 na praça entre Riacho Grande e Piratinga.
Para você ter uma ideia do tamanho dela, são quase 177 Km que ligam São Paulo a municípios como Santos, Guarujá, São Vicente e Praia Grande.
Desde que assumiu os trabalhos, a Ecovias duplicou a rodovia Imigrantes.
No ano de 2002, foi inaugurada uma pista com 4 túneis, sendo que dois deles possuem mais de três quilômetros.
Foi, de fato, um investimento pesado em melhorias.
Por causa disso, os valores do pedágio são proporcionais.
Muitos pedágios do Brasil funcionam do jeito tradicional, com o qual você deve estar habituado.
O motorista para o veículo em uma cabine ou na fila em direção a ela e vai lentamente se locomovendo até ser atendido por um funcionário da concessionária que administra o pedágio.
Ali, paga o valor cobrado pela praça.
Antes de chegar a ela, o condutor é informado a partir da sinalização na rodovia sobre os valores.
Nem todos cobram de motociclistas. Quando isso acontece, as motos costumam pagar as tarifas mais baixas.
Em seguida, vêm os automóveis.
Se você pega a estrada com frequência, deve ter reparado que os caminhões pagam uma taxa maior de pedágio.
O valor devido por eles varia de acordo com a quantidade de eixos dos veículos.
O mais interessante é a forma como é feita a contagem dos eixos dos caminhões.
São duas maneiras de realizar essa contagem.
A forma mais tradicional é pelo próprio funcionário que trabalha para a concessionária.
A segunda forma envolve o uso da tecnologia: sensores ópticos instalados na via e nas laterais conseguem contar o número de eixos do caminhão.
Ou seja, vai depender basicamente da tecnologia existente na praça de pedágio.
Para quem enfrenta pedágios em seus deslocamentos diários, se não há como escapar da cobrança, ao menos é possível fugir das filas.
Isso se deve a uma nova forma de cobrar pedágios nas estradas, que facilita muito a vida dos motoristas.
Trata-se de um sistema eletrônico que tem a capacidade de ler o cartão junto ao vidro do veículo.
Assim que ele se aproxima, a cancela é liberada para a passagem.
De acordo com este site, todo o processo dura poucos segundos, quase que de forma instantânea.
Quando o veículo passa, é registrado o horário, a praça, data e o valor do pedágio.
Certamente, um avanço interessante da tecnologia.
Mas você já se perguntou como o pagamento é feito pelo motorista?
É simples: a tarifa é cobrada junto com a fatura do cartão de crédito.
Dá para tentar, mas não vale a pena.
E a principal razão para isso é o risco de ser multado por evasão de pedágio.
Sobre isso, veja o que diz o artigo 209 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):"
“Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio:
Infração - grave;
Penalidade - multa.”
Como multa grave, são R$ 195,23 e cinco pontos na carteira de habilitação (CNH).
Agora, uma observação importante que vem deste artigo do advogado Sérgio Luiz Barroso.
A multa só é configurada se houver flagrante da autoridade responsável pela jurisdição da via, como a PRF, no caso de rodovias federais.
O que as concessionárias podem fazer é ingressar com uma ação judicial posteriormente para cobrar e responsabilizar o “furão”.
É o que já tem acontecido, inclusive no sistema eletrônico de cobrança.
Assim, quando um condutor cola na traseira do veículo da frente e passa o pedágio, há identificação da sua placa e até registro fotográfico da evasão.
Veja que realmente não vale a pena.
O problema é que muitas empresas responsáveis por esses sistemas eletrônicos não estão conseguindo evitar que os próprios clientes sejam multados por evasão de pedágio.
É o que relata esta outra reportagem.
Sim, mas são poucas exceções.
Como já relatado, há praças que isentam as motos da cobrança.
Mas a isenção mais comum atinge veículos oficiais e de emergência.
Vamos pegar como exemplo o estado de São Paulo, que possui a maior frota de veículos do Brasil.
Nas rodovias paulistas, as Ambulâncias e veículos oficiais do governo, militares, da Polícia Militar e Rodoviária, além do Corpo de Bombeiros, não pagam a tarifa para passar pelo pedágio.
Como são serviços que atuam salvando vidas, é uma isenção mais do que justificada, não é mesmo?
Qualquer planejamento de viagem que se preze precisa estimar os gastos.
Nessa hora, é claro, não dá para desconsiderar a cobrança de pedágios.
Para isso, você pode utilizar a tecnologia e descobrir o número de pedágios de uma estrada.
Quer saber como?
Tenha em mãos um celular com internet ou um GPS veicular.
Há serviços que oferecem essa facilidade, como o site Estradas.
Basta acessar, dar sua localização e descobrir a resposta.
E já que começamos a fazer em calcular gastos de viagem, no próximo tópico, vamos avançar nesse assunto.
Agora, vamos falar de uma conduta importante para o seu planejamento de viagem, mas que pode acabar atrapalhando.
Não entendeu? Vamos explicar.
Você certamente já ouviu falar que é preciso se planejar com antecedência antes de pegar a estrada.
E isso é verdadeiro, com certeza.
O problema é quando essa antecedência é tão grande que os gastos com pedágios acabam ficando ultrapassados.
Infelizmente, aumentos acontecem com relativa frequência nas tarifas e é preciso ficar ligado para não acabar levando menos dinheiro do que o necessário para o seu passeio.
Um exemplo são os pedágios das rodovias estaduais de São Paulo, que tiveram seus valores reajustados em junho de 2017.
De acordo com o site da Folha de São Paulo, o pedágio ficou cerca de 20 centavos mais caro.
O programa de concessões de estradas em São Paulo para a cobrança de pedágio começou em 1998.
Desde então, em todos os meses de junho, o valor dos pedágios sofre algum tipo de reajuste.
Ou seja, se a sua aventura passa por estradas paulistas, já fique sabendo dessa característica.
Antes de viajar, saiba muito bem os valores dos pedágios e não se esqueça de levar dinheiro.
Para saber os valores de todos os pedágios do Brasil basta acessar esse link.
Calcular os gastos da viagem não é complicado.
Faremos agora algumas perguntas importantes na hora de calcular os gastos:
Se você viajar com mais de uma pessoa no carro, uma boa ideia é dividir as despesas em pedágios e combustível.
Nunca faça um orçamento apertado, porque imprevistos acontecem e podem deixar você em maus lençóis.
Imagina se o carro tem um algum tipo de pane e para totalmente de funcionar?
Não brinque com a sorte: esteja sempre preparado para situações como essa.
Aqui, vale a dica anterior de descobrir quantas praças existem no seu trajeto.
Dependendo da rota que você traçar, é possível economizar em pedágios.
O horário de refeições é sagrado, mas um lanche nos intervalos ajuda a economizar.
Programe paradas em restaurantes nos quais os valores são mais acessíveis - você pode pesquisar antes.
Essa é com certeza uma situação bem inusitada, não é mesmo?
Mas pode acontecer com qualquer motorista: esquecer o dinheiro em casa (e até mesmo a carteira, com a CNH).
E o que acontece agora com o motorista esquecido?
Pedágio aceita cartão? Infelizmente, você não deve dar essa sorte.
Mas há outra possibilidade.
De acordo com este site, dependendo da concessionária, é possível pagar o valor do pedágio através de um boleto bancário.
O problema é que isso pode demorar cerca de uma hora, porque é obrigatório colocar os dados do motorista em um formulário e ter o CPF consultado.
Portanto, se faz necessário ter muita paciência e aceitar o fato de que a viagem vai demorar mais do que o esperado.
O melhor mesmo é não dar esse vacilo.
Importante: cada concessionária tem suas regras para lidar com o problema da falta de recursos financeiros do motorista.
O que não vai acontecer é a possibilidade de dar ré e fazer o retorno, pois isso geraria um transtorno grande no trânsito.
Sabemos que o preço do combustível é uma grande preocupação, porque os aumentos são constantes.
É fato que as viagens de carro ficaram mais caras em comparação com os anos anteriores.
Por isso, uma excelente ideia para calcular o gasto de combustível é utilizar a tecnologia a seu favor.
Quando você tiver acesso à internet, entre no site Mapeia.
O funcionamento desse site é extremamente rápido e fácil.
Inicialmente, você digita o endereço de origem, ou seja, a sua localização no momento.
Depois, o seu local de destino.
Ao abastecer o tanque do carro no posto de combustível, anote o preço que foi pago.
Também verifique no manual do proprietário quantos quilômetros o seu veículo faz por litro de combustível.
Fique atento, porque os veículos gastam mais combustível quando rodam pelas cidades.
Isso porque é constante a troca de marchas e o “avança e para”.
Seu carro gastará menos combustível na rodovia porque imprime uma velocidade constante.
Com todas as informações preenchidas, clique no botão Mapear.
E pronto: você descobrirá o tempo de viagem aproximado e o valor gasto em combustível.
Indicaremos mais dois sites confiáveis para isso.
Estamos falando do Qualp e do Trace sua Rota, do Sem Parar.
No caso desse segundo, ao colocar os dados da viagem, irá descobrir as seguintes informações:
Distância percorrida;
Tempo de viagem (velocidade média);
Custo do pedágio;
Combustível necessário para completar a viagem;
Custo do combustível;
Custo total da viagem;
Descrição da rota.
Se você preferir, também é possível calcular o gasto do combustível através de aparelhos modernos de GPS.
Se você seguir nossas dicas, verá que não é nenhuma missão impossível gastar menos dinheiro na hora de viajar.
A primeira preocupação do motorista deve ser o combustível, claro.
Calculando a distância que será percorrida, você saberá se um tanque de combustível será o suficiente.
Antes de abastecer, dê uma pesquisada nos postos próximos de onde você mora e redondezas.
Dependendo do valor, vale a pena abastecer na cidade vizinha (desde que ela já esteja na sua rota de viagem).
Se você vai visitar familiares no interior, por exemplo, pergunte a eles qual é a média do preço dos combustíveis, caso seja necessário abastecer para a viagem de volta.
Agora, tome cuidado com a manutenção do carro.
Se for carregar muito peso, dê uma calibrada maior nos pneus do veículo.
Se a calibragem não estiver conforme o manual do proprietário, o carro irá gastar ainda mais combustível.
Não se esqueça de calibrar também o pneu reserva.
Nunca se sabe se ele será utilizado na viagem.
Também verifique o nível do óleo e da água do carro.
O ideal mesmo seria você mandar o carro para uma revisão em uma oficina mecânica de confiança.
Faça isso para ter 100% de certeza que o seu carro está seguro para pegar a estrada.
A propósito, você sabia que é possível levar uma multa se o seu carro estiver em condições ruins para seguir viagem?
Leia com muita atenção o inciso XVIII do artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):
“ Art. 230. Conduzir o veículo:
(...)
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104”
A infração é considerada grave, ou seja, o valor a ser pago será de R$195,23.
E ainda receberá 5 pontos em sua CNH.
Mas ainda tem mais.
As autoridades de trânsito irão reter o seu veículo até que sejam realizados os consertos necessários para seguir a viagem.
Portanto, as suas férias podem acabar antes mesmo de começar.
Caso os reparos não possam ser feitos na hora, o carro será guinchado.
Ou seja, mais gastos com guincho e depósito.
Com relação aos pedágios, uma possibilidade de economizar é traçar uma rota na qual eles possam ser evitados.
O problema é que nem sempre isso é possível.
Mas cuidado para não escolher um atalho no qual você vá gastar ainda mais combustível do que o preço do pedágio.
Neste artigo, apresentamos um guia sobre pedágios para que você possa planejar melhor a sua próxima viagem.
Antes de pegar a estrada nas férias, tenha em mente que é preciso guardar dinheiro para pagar as tarifas que quase sempre vão estar no seu caminho.
Como não adianta nada chorar ou ficar reclamando, pague o pedágio e siga em frente na viagem.
Antes de sair de casa, trace uma rota e se prepare para imprevistos.
Procure descobrir por quantos pedágios você passará até chegar ao local de destino.
Com organização, é totalmente possível calcular os gastos da viagem e o consumo de combustível para economizar.
Ficou com alguma dúvida sobre pedágios ou ANTT? Então, entre em contato conosco.
Se precisar de nossa ajuda para recorrer de multas, estamos à disposição.
Doutor Multas é a melhor solução para ajudar você a ganhar recursos de multas, com a maior taxa de vitória para os clientes.
Se gostou do artigo ou tiver mais dicas para economizar com pedágios, deixe seu comentário abaixo e compartilhe conosco as suas experiências na estrada.
Referências:
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