Fui Pego na Lei Seca e Agora?

Se você foi pego na Lei Seca, as penalidades são multa de R$ 2.934,70, suspensão da CNH por 1 ano, recolhimento da CNH e retenção do veículo. Se soprar o bafômetro e acusar a partir de 0,34 mg/l, a pena é de 6 meses a 3 anos de detenção, multa e suspensão da CNH.

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  • Multa de R$ 2.934,70
  • CNH suspensa por 12 meses
  • Recolhimento da CNH
  • Possibilidade de prisão
  • Retenção do veículo até que seja apresentado outro condutor habilitado
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Seja em uma comemoração ou em um churrasco de final de semana, é fato que muitas pessoas apreciam tomar uma cervejinha, caipirinha ou outras bebidas alcoólicas.

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Porém, é muito importante não esquecer que, quando se está dirigindo, a combinação entre álcool e direção é perigosa.

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Para evitar acidentes e, na melhor das hipóteses, a perda da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o melhor conselho a ser dado é não dirigir depois de beber.

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O Que a Lei Diz Sobre Ser Pego Dirigindo Embriagado

De nada adiantaria existirem as leis se nada fosse feito para verificar se elas estão sendo cumpridas.

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No caso da Lei Seca, não há condutor que não saiba o que é uma blitz, visto que as ações de fiscalização costumam ser temidas.

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Isso se deve à rigidez da lei no momento em que um motorista é pego na Lei Seca.

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Depois que você encosta o carro em uma blitz, não vai adiantar nada argumentar com o agente de trânsito que você “só bebeu uma latinha” ou que “se sente bem para dirigir”.

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Caso você seja pego na Lei Seca, esse tipo de argumento não irá ajudá-lo a evitar as penalidades previstas para essas situações.

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Dessa forma, saiba que nenhum argumento que não tenha base no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e em textos acessórios, vai surtir efeito.

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https://www.youtube.com/watch?v=UhcUbxY9gDw

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Principais artigos do CTB sobre Lei Seca

O dispositivo que diz respeito à maior parte das infrações flagradas na Lei Seca é o art. 165.

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Ele descreve a infração cometida por quem, por meio de teste, tiver a embriaguez ao volante comprovada.

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O artigo em questão estabelece as penalidades e medidas administrativas a serem aplicadas pelo agente de trânsito ao condutor infrator:

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  • multa
  • suspensão da CNH
  • recolhimento da CNH
  • retenção do veículo
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Ainda, prevê que reincidentes paguem a multa em dobro, além das demais penalidades.

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Outro artigo importante, o art. 165-A, já foi e continua sendo alvo de muita polêmica, mas é importantíssimo para saber tudo sobre a Lei Seca.

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Ele determina a aplicação das mesmas penalidades previstas no artigo anterior a quem se recusar a passar pelo teste do bafômetro ou qualquer outro meio de verificação.

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Ao fazer a leitura dos 2 artigos mencionados, já é possível ter ideia do que a lei prevê para quem assumir o volante após ter consumido bebida alcoólica.

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O art. 165-A carrega a grande polêmica de determinar as mesmas penalidades estabelecidas no art. 165.

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No dispositivo infracional do art. 165-A, é disposta a verificação de álcool ou outras substâncias psicoativas na forma estabelecida pelo art. 277.

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O art. 277 é extremamente importante por listar os testes que possibilitam a verificação da presença de álcool no organismo do condutor.

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Tendo em vista o que aponta esse artigo, a constatação da presença de álcool no organismo do condutor pode ser comprovada das seguintes maneiras:

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  • bafômetro
  • exame clínico
  • perícia
  • imagens
  • vídeos
  • sinais que indiquem alteração da capacidade psicomotora
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Caso você tenha sido pego pela Lei Seca e pretenda recorrer, saiba que esse é um artigo muito útil.

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Por fim, é hora de conhecer o artigo mais preocupante para o motorista que dirigir sob a influência de álcool: o art. 306.

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Você já ouviu falar que o motorista pego dirigindo embriagado pode ser preso?

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O art. 306 classifica como crime de trânsito o ato de dirigir com concentração de álcool maior ou igual a 0,34 miligrama por litro de ar alveolar.

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A penalidade para quem for flagrado nessa situação consiste em 6 meses a 3 anos de detenção, multa e suspensão da CNH.

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Além disso, é possível que o condutor seja proibido de obter a permissão ou a habilitação para dirigir.

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Quanto Custa a Multa da Lei Seca?

Tanto dirigir sob a influência de álcool quanto recusar-se a soprar o bafômetro são, de acordo com os artigos 165 e 165-A, infrações gravíssimas.

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Em cada caso, a penalidade consiste na suspensão da CNH e, ainda, em multa multiplicada por 10.

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Essas 10 vezes são o fator multiplicador aplicado sobre o valor base da multa por uma infração gravíssima.

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Desde 1º de novembro de 2016, quando as alterações no CTB descritas na Lei Nº 13.281/2016 entraram em vigor, o valor base passou a ser de R$ 293,47.

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A multa da Lei Seca é, portanto, 10 vezes esse valor, ou seja, R$ 2.934,70.

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Fui Pego Na Lei Seca: Não Soprar o Bafômetro Perde a Carteira?

Há pouco, comentei que o art. 165-A do CTB costuma gerar grande polêmica, devido à aplicação de penalidade igual à prevista pelo art. 165.

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Mas por que existe uma polêmica rondando esses artigos?

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O problema consiste em prever duras penalidades a quem recusa passar pelo teste do bafômetro.

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Dessa forma, muitas pessoas questionam o motivo de existir a possibilidade de recusar a submissão ao teste, já que a recusa também gerará consequências sérias.

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https://www.youtube.com/watch?v=-6qCZvnYLNM

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A recusa ao teste do etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro, tem como penalidades as seguintes medidas:

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  • suspensão do direito de dirigir por 12 meses;
  • aplicação de multa, conforme você viu anteriormente.
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Mas e se o agente de trânsito não lhe oferecer alternativas de testes para verificar a presença de álcool em seu organismo?

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Parece justo que você tenha a CNH suspensa, sendo que havia outros meios de comprovar sua conduta no trânsito?

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Você já viu, inclusive, que o art. 277 do CTB determina outros meios de verificar a ingestão de álcool pelo motorista.

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Porém, é muito importante ressaltar que a obrigatoriedade do bafômetro costuma causar polêmica por ser entendida como violação do princípio constitucional de não autoincriminação.

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O próprio Ministério Público Federal (MPF) já considerou a multa por recusa ao teste do bafômetro inconstitucional, mas o STF já decidiu o contrário.

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O problema maior não mora, porém, apenas no pagamento da multa sem haver comprovação de que o indivíduo estava sob o efeito de álcool.

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Ele está no fato de que a carteira de habilitação do condutor pode ser suspensa por 12 meses, o que o deixa impedido de dirigir.

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Dizer que o condutor perde a carteira, algo muito comum, não é a forma mais correta de se referir ao que acontece com o documento de quem é penalizado pela Lei Seca.

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O que acontece é a suspensão do direito de dirigir, e o condutor pode recuperar sua CNH após o término do período de suspensão, desde que tenha passado pelo curso de reciclagem e sido aprovado.

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Contudo, a essa altura, quando a penalidade acaba, o motorista já passou 1 ano sem dirigir.

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Pense em todos os compromissos que foram deixados de lado e até mesmo na possibilidade de comprometer sua renda, se você precisa da CNH para trabalhar.

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Nesse sentido, buscar solucionar o problema por meio dos recursos pode ser a sua melhor saída.

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Foi Pego No Bafômetro: Lei Seca implica na perda da carteira?

Se você for parado em uma blitz da Lei Seca, só não vai se incomodar caso sopre o bafômetro e veja o aparelho não acusar nenhum resquício de álcool em seu organismo. Caso você sopre e aponte uma quantidade de álcool, ou simplesmente recuse a submissão ao teste, poderá "perder" a carteira. O que ocorre, na verdade, é a suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

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Porém, há outras 3 possibilidades. São as seguintes:

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  1. recusar-se a soprar o bafômetro;
  2. soprar e o aparelho acusar uma quantia inferior a 0,34 mg de álcool por litro de ar alveolar;
  3. soprar e o aparelho acusar quantia igual ou superior a 0,34 mg de álcool por litro de ar alveolar.
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Acontecendo com você as situações 1 ou 2, as penalidades são exatamente as mesmas, descritas no art. 165: multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

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Na situação 3, a situação torna-se mais complicadas, pois você é enquadrado no art. 306, que prevê detenção, de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão da CNH ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação.

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Nesse caso, uma diferença entre soprar ou não soprar o bafômetro é a existência da possibilidade de ir preso.

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Para chegar ao estágio em que se encontra atualmente, porém, a Lei Seca passou por muitas mudanças desde o seu surgimento.

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Se você deseja entender a lei atual, é importante conhecer seu desenvolvimento ao longo dos anos e o que a levou a trazer essas penalidades descritas em sua redação vigente.

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Leia a próxima seção para conhecer o histórico da Lei Seca.

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Paguei a multa da Lei Seca, e agora?

O pagamento da multa da Lei Seca não implica no término das penalidades. O condutor ainda terá a CNH suspensa por 12 meses e precisará fazer um curso de reciclagem.

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https://www.youtube.com/watch?v=5j0hpOmJCe4

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Mudanças na Lei Seca: O Que a Lei Prevê Atualmente

A primeira grande mudança no CTB para aumentar o rigor da lei e diminuir o índice de ocorrências de condutores dirigindo embriagados se deu com a Lei Nº 11.705/2008.

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A partir de então, várias mudanças ocorreram. Veja quais foram as principais alterações de lá para cá:

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  • a partir de 2008, qualquer quantidade de álcool constatada no sangue passou a sujeitar o condutor às penalidades (antes, deveria ser em nível superior a 0,06 ml por litro de sangue);
  • nesse mesmo ano, o tempo de suspensão da CNH passou a ser de 12 meses (antes isso não era especificado no CTB);
  • ainda em 2008, foram atribuídas, à recusa em se submeter ao bafômetro, as mesmas penalidades do que o resultado positivo no aparelho;
  • com a Lei Nº 12.760/2012, houve aumento da multa, de 5 para 10 vezes o valor da infração gravíssima;
  • essa mesma lei passou a prever a concentração de álcool por litro de ar alveolar como modo de medir a influência do álcool no organismo do condutor, pois é o que o bafômetro indica;
  • o art. 277 também passou a ter uma redação mais específica sobre outras formas de caracterizar a infração;
  • com a Lei Nº 13.281/2016, aumentou o valor da penalidade por infração gravíssima, o que fez a multa por embriaguez aumentar para R$ 2.934,70.
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A legislação foi se tornando mais rígida com o passar do tempo, e isso está bastante relacionado aos índices de acidentes de trânsito envolvendo condutores embriagados.

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Essa penalização, que muitos acreditam ser excessiva, unida à tolerância zero, tem o intuito de coibir a prática de dirigir após ingerir bebidas alcoólicas.

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Mas, se isso acontecer, você precisa saber que nem tudo está perdido. Você sabia que pode recorrer da Lei Seca?

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A seguir, explicarei os procedimentos pelos quais precisará passar e como garantir uma boa defesa.

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Fui Pego na Lei Seca. Como Recorrer?

No Brasil, temos uma Constituição que nos garante direito à ampla defesa em seu art. 5º, inciso LV.

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Então, qualquer pessoa que estiver se perguntando “fui pego na Lei Seca, e agora?” terá a possibilidade de se defender, seja qual for o caso.

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No caso das infrações relacionadas ao consumo de álcool pelos motoristas, muita gente diz que não vale a pena recorrer, que é perda de tempo, por pensarem que é impossível reverter a suspensão da CNH.

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Pela minha experiência, posso afirmar que, definitivamente, isso não é verdade.

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Já consegui ajudar muitos condutores a resolverem situações complicadas com a Lei Seca.

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Por isso, vou contar para você como preparar uma boa defesa no tópico seguinte.

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Passo a passo para preparar a defesa

Ao ser autuado, o condutor recebe, no endereço cadastrado junto ao órgão de trânsito de registro de seu veículo ou de sua habilitação, a Notificação de Autuação.

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No caso da Lei Seca, o condutor recebe o auto de infração no momento da abordagem e já pode recorrer.

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Caso contrário, ele pode optar por aguardar o recebimento da notificação no endereço registrado junto ao DETRAN.

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A primeira possibilidade de recurso é a Defesa Prévia.

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Para isso, é preciso entregar a defesa ao órgão autuador em, no mínimo, 30 dias após a data da notificação.

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A defesa prévia possibilita anular a autuação antes que a multa seja aplicada.

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Para que isso aconteça, devem ser apontados erros na abordagem do agente de trânsito ou na notificação recebida, por exemplo.

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Analisar a notificação com cuidado é muito importante para que seja elaborada uma boa defesa prévia de embriaguez ao volante.

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Caso essa tentativa seja indeferida (não aceita), você receberá a Notificação de Imposição de Penalidade.

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Nela, constará um prazo para você entrar com um recurso, o qual costuma ser de 30 dias e, normalmente, coincide com o prazo para o pagamento da multa.

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Eis a 1ª instância para recorrer das penalidades de infrações de trânsito.

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Nesse caso, em vez de apenas apontar os possíveis erros do agente fiscalizador, você pode contestar o modo como a abordagem foi feita e buscar bases legais para sustentar sua argumentação.

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Não sendo deferido, é possível recorrer em 2ª instância, momento em que outros avaliadores vão julgar o seu recurso.

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Por isso, se o recurso estiver bem fundamentado tecnicamente, as chances de ele ser aceito são boas.

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Tome cuidado para enviar seus recursos no prazo e para o endereço correto.

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Para evitar complicações desse tipo, analise as notificações atentamente, pois nelas estarão indicados o endereço para envio e a data limite para apresentação dos recursos.

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É importante saber que somente será possível apresentar recurso em 2ª instância se você tiver apresentado recurso à instância anterior.

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Isso significa que, se você perder o prazo para apresentar Defesa Prévia, ainda é possível se defender.

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Contudo, se perder o prazo também da 1ª instância, suas chances de recorrer se esgotam.

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Quanto à composição do seu recurso, o ideal é que ele seja exclusivo, já que estamos tratando de um caso específico.

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Ou seja, em vez de procurar modelos prontos na internet, o ideal é que seu recurso seja formulado com base na sua autuação.

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Isso garante uma argumentação muito mais eficaz, com mais chances de ser acatada pelas comissões julgadoras.

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Quanto Tempo Devo Esperar Para Dirigir Depois de Beber?

Eis uma pergunta um tanto difícil de responder, principalmente porque cada pessoa tem um metabolismo diferente.

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Com isso, o tempo em que o álcool é eliminado do organismo varia de pessoa para pessoa.

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Alguns estudos apontam que o fígado humano demora, em média, uma hora para metabolizar uma dose de álcool, que pode ser um chope, uma taça de vinho ou uma dose de destilado.

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https://www.youtube.com/watch?v=CxPkEvGEwbM

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Pensando em ajudá-lo nesses cálculos, eu e minha equipe desenvolvemos o aplicativo Motorista Consciente.

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Nele, você insere alguns dados sobre você e sobre as bebidas que ingeriu, e o cálculo sobre quanto tempo você ainda precisa ficar sem dirigir é feito automaticamente.

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Assim, você poderá ter uma ideia mais clara sobre quando seu corpo terá eliminado o álcool.

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De qualquer modo, a melhor opção é evitar dirigir após ingerir bebida alcoólica.

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E sabemos que existem vários meios de voltar para casa após o consumo desse tipo de bebida: ônibus, táxi, 99.

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O fato é que, independentemente do meio alternativo que você utilizar, sempre será a melhor opção não dirigir após beber.

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Foi pego na Lei Seca? Veja um resumo das consequências cabíveis

Para sintetizar e facilitar o seu entendimento, este é um resumo do que vimos até aqui. Ser pego na Lei Seca é um péssimo negócio:

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Multa: A primeira consequência para quem é pego dirigindo sob efeito de álcool é a multa. O valor da multa pode variar de acordo com o estado em que a infração foi cometida, mas geralmente é elevado. Em alguns casos, a multa pode chegar a R$ 2.934,70.

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Suspensão da carteira de motorista: Além da multa, quem é pego na lei seca pode ter a carteira de motorista suspensa. O período de suspensão varia de acordo com o estado e com o histórico de infrações do motorista. Em alguns casos, a suspensão pode chegar a 2 anos.

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Prisão: Em alguns casos, quando o motorista é pego na lei seca, ele pode ser preso. Isso ocorre quando ele se recusa a fazer o teste do bafômetro ou quando o teste aponta uma quantidade de álcool acima do permitido por lei. Nesses casos, a prisão pode durar de 6 meses a 3 anos.

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Perda do direito de dirigir: Quando o motorista acumula uma determinada quantidade de pontos na carteira de motorista, ele pode perder o direito de dirigir. Se ele for pego na lei seca, os pontos acumulados podem fazer com que ele perca o direito de dirigir por um longo período.

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Aumento do seguro: Outra consequência de ser pego na lei seca é o aumento do valor do seguro do carro. Isso acontece porque as seguradoras consideram o motorista um risco maior após uma infração como essa.

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Retenção do veículo: A retenção do veículo é uma das consequências que pode ocorrer quando um motorista é pego na lei seca, ou seja, dirigindo sob efeito de álcool. Essa medida é adotada para impedir que o motorista continue dirigindo em estado de embriaguez e, consequentemente, para garantir a segurança no trânsito.

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A retenção pode ser feita de forma imediata, no momento da abordagem, ou posteriormente, em uma delegacia de polícia. Em alguns casos, a retenção pode ser realizada mesmo se o teste do bafômetro não tiver sido feito.

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A retenção do veículo pode ter duração variável, dependendo das circunstâncias da infração. Em geral, o veículo fica retido em um depósito do Detran ou da polícia, e o motorista só poderá retirá-lo depois de pagar uma taxa e regularizar a situação com a lei.

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Danos à saúde: Por último, mas não menos importante, é importante mencionar que dirigir sob efeito de álcool pode trazer danos à saúde do motorista e de terceiros. Além disso, o acidente pode levar a ferimentos graves e até mesmo a morte.

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Sobre a lentidão no julgamento dos recursos e o efeito suspensivo em favor do condutor ou proprietário do veículo

Como mencionado anteriormente, é concedida ao condutor a oportunidade de se defender, podendo apresentar até três recursos (defesa prévia, recurso à Junta Administrativa de Recursos de Infrações - JARI e recurso à segunda instância) para cada auto de infração.

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Geralmente, o processo relacionado à multa tem levado de um a dois anos para ser concluído. Em certos Estados ou órgãos de trânsito, esse prazo pode se estender para três anos ou até mais.

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Entretanto, essa demora nos julgamentos não resulta automaticamente em nulidade. Apenas nos casos de prescrição, ou seja, quando o processo fica sem andamento por três anos, ou quando se passam cinco anos desde a instauração do procedimento contra o cidadão, é que pode ocorrer a nulidade do processo.

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O principal ponto de preocupação para os condutores está relacionado ao direito de dirigir, pois a chamada 'Lei Seca' estipula uma penalidade de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por 12 meses. Além disso, em caso de reincidência dentro de 12 meses, pode ser iniciado o processo de cassação da CNH.

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Durante o período em que os recursos para cancelar a autuação, a multa ou a suspensão estão em julgamento, a CNH permanece válida para o condutor continuar dirigindo. Esse direito é assegurado pelo próprio Código de Trânsito Brasileiro e é efetivamente respeitado na prática pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).

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Somente ao término do processo, quando a segunda instância emite sua decisão final, é que o Detran pode notificar o condutor para entregar sua CNH e cumprir a suspensão ou, então, proceder ao bloqueio da CNH.

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Perguntas frequentes sobre ser pego na lei seca

O que fazer se for pego na Lei Seca?

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Se você foi pego na Lei Seca, você pode recorrer da multa. Esse é um direito de todos os motoristas assegurado pela Constituição Federal.

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Como me comportar no momento da abordagem?

https://www.youtube.com/watch?v=PDvL5dmzF4w

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Como saber se fui autuado na Lei Seca?

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No caso da Lei Seca, você provavelmente recebeu o auto de infração no momento da abordagem. Você vai receber no endereço cadastrado junto ao órgão de trânsito de registro de seu veículo, ou de sua habilitação, a chamada notificação de autuação. Você pode verificar pelo app do DETRAN também.

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É possível parcelar a multa da Lei Seca?

Sim, é possível parcelar as multas do veículo em até 12x no cartão de crédito. 

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Como saber se a carteira de motorista está suspensa?

Para saber se a CNH está suspensa, basta acessar o site do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de seu Estado, ir na opção “Consulta CNH” e fazer o login. Ou pelo app do DETRAN do seu Estado.

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Quanto tempo demora o julgamento da lei seca?

O tempo de julgamento está demorando em média 2 anos. O tempo de análise e julgamento de um recurso de multa varia de acordo com o órgão ou a entidade de trânsito responsável pelo auto de infração. Ou seja, o processo pode ser rápido ou demorado e, em alguns casos, levar meses ou até anos para ser finalizado. 

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Qual o prazo para pagar a multa da Lei Seca?

O prazo para pagar a multa da Lei Seca com desconto é no vencimento do boleto. Mas, você pode pagar depois. Porém vai perder o desconto.

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É melhor fazer o teste do bafômetro ou não?

Se você não bebeu, é melhor soprar. Se você bebeu é melhor não soprar para não correr o risco de ir preso. 

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Conclusão

Chegamos ao final do artigo e você aprendeu que, ao invés de apenas ficar repetindo a frase “fui pego na Lei Seca, e agora?”, você tem direito a recorrer das penalidades administrativas.

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Afinal, a Constituição Federal lhe garante uma série de direitos que devem ser respeitados, e colocá-los em prática é também exercer a sua cidadania.

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Você viu, também, quais as penalidades previstas para quem for autuado pela Lei Seca.

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A partir disso, recorrer parece uma boa ideia para tentar evitar arcar com todas as complicações decorrentes de uma autuação.

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Por essa razão, trouxe um passo a passo importante para que você prepare um recurso com maiores chances de deferimento.

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Além disso, para que você saia deste artigo com mais embasamento, procurei explicar as mudanças da Lei Seca com o passar do tempo.

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Conhecer a legislação é fundamental na hora de se defender.

Leia mais

Espero que você tenha compreendido as consequências legais previstas para os casos de soprar ou recusar o bafômetro.

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Além disso, lembre-se de que não há um tempo exato para dirigir depois de beber, mas que o app Motorista Consciente pode ajudá-lo a ter uma estimativa desse período.

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