Nos dias atuais é imprescindível que todo o condutor conte com o respaldo de uma boa seguradora de veículos. Isso porque, como você sabe, nossas estradas e a própria violência do dia-a-dia contribuem para possíveis danos causados no meio de transporte de qualquer condutor. Mas antes de escolher em qual tipo de seguro investir, é preciso levar em consideração quais são as suas necessidades. Neste artigo, eu explico tudo o que você precisa saber antes de realizar esse investimento.
Dois aspectos permeiam a escolha do seguro de automóvel: custo e benefício. Não é nada legal precisar desembolsar uma grande quantia de dinheiro e ter um serviço que não cobre os prejuízos necessários.
Na hora de investir na segurança de um bem material que não se compra a qualquer hora, é ainda mais importante refletir sobre todas as possibilidades existentes no mercado, para que a escolha não seja motivo de decepção futuramente.
Considerando as suas reais necessidades, é possível encontrar uma medida de segurança confiável e em conta, pois, com certeza, abrir mão do seguro é uma péssima ideia, tendo em vista a violência que enfrentamos diariamente.
Além da violência, os acidentes de trânsito também costumam ser uma boa razão para adquirir um seguro. Afinal, as condições das estradas e a própria imprudência dos motoristas contribuem para que haja aumento no número de acidentes.
Ponderando sobre todos esses aspectos, elaborei este artigo, a fim de ajudá-lo na missão de avaliar o melhor tipo de seguro para o seu veículo.
Aqui, você verá alguns pontos que devem ser avaliados antes de escolher uma boa proteção para o seu automóvel e, assim, garantir, pelo menos em partes, a sua tranquilidade.
Para isso, explicarei como funcionam os aspectos burocráticos desse tipo de serviço, o que envolve documentação, os valores e os cuidados que você precisa tomar.
Além disso, você verá que existem vários tipos de seguros com coberturas diferentes, para perfis de condutores igualmente diferentes, o que irá facilitar a sua escolha dentro das suas necessidades.
Portanto, siga a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre o tema antes de bater o martelo em um contrato de seguro veicular.
A melhor forma de contratar um seguro de qualidade é conhecendo o funcionamento do serviço, ou seja, entendendo como é feito o cálculo do valor que será cobrado pela medida, assim como quais itens serão cobertos na existência de problemas com o carro.
Nesse caso, o primeiro passo a ser dado é comparar as opções disponíveis no mercado. Para isso, é preciso, antes, saber quais pontos devem ser observados.
As seguradoras não oferecem a mesma cobertura. Algumas oferecem serviços adicionais ou coberturas mais amplas. Outras possuem coberturas básicas, as quais cobrem somente prejuízos simples.
O valor da apólice também será diferente conforme a necessidade do contratante.
Dessa forma, é ainda mais importante pesquisar para garantir o custo-benefício.
Além disso, o valor pode diminuir em função de algumas características do motorista do veículo e condições de exposição do carro.
Por exemplo, carros que ficam guardados na garagem demandam um valor mais baixo pela apólice, considerando que estarão menos expostos aos perigos.
Da mesma forma, o valor pode diminuir caso o veículo possua algum equipamento de segurança, como alarme ou rastreador veicular.
Para entender melhor quais tipos de coberturas o seguro pode oferecer, leia o próximo tópico.
Quando você for a uma seguradora para perguntar sobre o tipo de serviço que será prestado, ela poderá oferecer quatro tipos diferentes de seguros a você. São eles:
Cada um dos quatro tipos mencionados acima oferece um tipo de respaldo ao motorista contratante. A partir de agora, explicarei como eles funcionam.
O seguro compreensivo é um dos mais completos que o condutor pode encontrar. Ele se responsabiliza pela proteção contra os seguintes riscos:
· roubo ou furto, total ou parcial (por parcial, entenda que são os casos em que apenas algumas partes do veículo são furtadas, como, por exemplo, o aparelho de som);
· colisão, capotagem ou derrapagem;
· explosão ou incêndio;
· queda de objetos sobre o veículo (que o danifiquem);
· consequências climáticas, como vendaval, granizo, furacão, raios, inundação;
· prejuízo ocasionado pela carga transportada;
· prejuízos por danos praticados por terceiros;
· falha provocada quando o veículo é transportado.
Por tratar-se de um seguro bem completo, como você pode perceber, a tendência é que ele também seja um dos mais caros.
Assim, é importante que, antes de aderir a este tipo de seguro, você pondere se realmente poderá estar exposto a todos os riscos listados acima.
Lembre-se: é importante que você não gaste o seu dinheiro com algo que não é necessário, não é mesmo?
Também vale ressaltar, com isso, que não existe uma modalidade de seguro melhor nem pior do que a outra, mas sim, modalidades diferentes, voltadas para públicos distintos.
Como já mencionei, cabe ao cliente decidir qual tipo de proteção é mais indicado para seu perfil e uso do carro.
Portanto, prossiga a leitura e veja o que oferecem os demais seguros.
Antes de tratar sobre esse tipo de seguro, você sabe qual a diferença entre roubo e furto? Cuidado! Essas ações não são sinônimas, e é o próprio Código Penal que adverte isso, em seus artigos 155 e 157.
Nesse caso, roubo é configurado quando existe violência ou grave ameaça, pela parte do criminoso, ao tentar apropriar-se de algo que pertence a outra pessoa.
Já o furto não implica em violência, em geral costuma ocorrer sem que a vítima sequer perceba-o.
Percebeu a diferença entre eles? Seja qual for, a verdade é que roubo e furto são práticas, infelizmente, muito comuns em nossa sociedade.
Por isso esse tipo de seguro específico é comumente solicitado.
Esse seguro também pode abarcar outras coberturas, como raios, incêndio, colisão, roubo ou furto de equipamento de som (se for original do veículo), roubo ou furto total e, até mesmo, perda total por colisão.
Ou seja, ele também é bastante completo.
Porém, é importante mencionar que, em caso de roubo ou furto, esse seguro oferece indenização somente nas situações em que o veículo não é encontrado.
Além disso, se não forem consideradas coberturas adicionais, os danos que não chegarem a 75% do valor do automóvel ficam por conta do contratante.
A seguir, entenda como é o funcionamento do seguro de terceiros.
Também conhecido como RCF-V (Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos), o seguro de danos para terceiros garante a indenização contra prejuízos causados por outros motoristas (bem como pedestres e ciclistas).
Nesse caso, os danos que o seguro compreende podem ser tanto físicos (materiais) quanto morais e pessoais.
Assim, se você bater no veículo de alguém, por exemplo, esse seguro cobrirá os gastos com o com conserto, bem como com as possíveis despesas médicas que poderão surgir.
Porém, você precisa estar atento para um detalhe importante em relação ao pagamento do seguro de terceiros: cada acionamento é cumulativo.
Ou seja, se você tiver uma cobertura total de R$ 30.000,00 e utilizar R$ 5.000,00 pra cobrir algum dano, você terá o valor restante (R$ 25.000,00) para utilizar em outras situações da mesma necessidade.
Além disso, quando você acionar esse seguro, um novo sinistro será gerado para a seguradora, o que, consequentemente, gerará um decréscimo na classe de bônus.
Por essa razão, é importante que você apenas solicite o seguro para terceiros em casos de real necessidade.
Seguro para acidentes com passageiros
Também conhecido como APP – Acidentes Pessoais de Passageiros, esse seguro tem como prioridade a proteção de motoristas e passageiros.
Por essa razão, ele poder ser ideal para motoristas de aplicativos, por exemplo, uma vez que a preocupação com a segurança dos passageiros é imprescindível; o mesmo caso dos taxistas, motoristas de fretes e transportes escolares.
O APP oferece distintas coberturas:
· APP-morte;
· APP-invalidez;
· APP-DMHO (para despesas médico-hospitalares e odontológicas).
O APP-morte, como o próprio nome sugere, cobre os casos de morte de passageiros e condutor.
Nesse caso, a indenização será paga aos herdeiros legais do falecido, os quais possivelmente dependeriam economicamente dessa pessoa.
Já o APP-Invalidez cobre os casos em que o acidente gera invalidez total ou parcial dos ocupantes do veículo.
Assim, a pessoa que sofreu com as consequências do acidente terá segurança financeira até conseguir se acostumar com esse novo quadro e poder voltar ao mercado de trabalho, se for o caso.
Finalmente, o APP-DMHO cobre despesas particulares com profissionais da área da saúde que tratarão das consequências físicas do acidente.
O seguro para acidentes com passageiros precisa de procedimentos mais específicos para ser acionado.
A primeira medida que o contratante do APP precisa tomar é acionar o DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) – um seguro obrigatório para todos proprietários de veículos.
É o DPVAT que irá oferecer proteção a todos os envolvidos em um acidente automotivo: condutor, passageiros, pedestres e ciclistas.
Nesse caso, o seguro poderá oferecer, em média, até R$ 2.700,00 para despesas médicas (em situações mais graves, pode ser pago até R$ 13.500,00).
Como você pôde ver ao longo desta seção, os tipos de seguros variam bastante em relação ao que eles oferecem aos condutores.
Por isso, é preciso um planejamento antes de definir qual deles é o que melhor supre as suas necessidades.
Por falar nisso, o contrato realizado com a seguradora escolhida também merece atenção especial.
Entenda por que no próximo tópico.
Após escolher a seguradora, o próximo passo é conferir o contrato antes de assiná-lo, pois, assim, você não corre o risco de esquecer algum serviço importante e não ter seu prejuízo ressarcido.
Dê atenção a cada cláusula, relembrando os possíveis danos que precisarão ser cobertos.
Tudo o que foi acertado deverá ser especificado no contrato. Direitos e deveres do seguro e do contratante só poderão ser cobrados se cada ponto estiver devidamente identificado nesse documento.
Caso algum item adicionado à cobertura não esteja declarado na apólice, você tem o direito de exigir a identificação ou recusar-se a aceitar o plano.
Já imaginou precisar de determinado serviço e não ser ressarcido porque não consta na apólice? Certamente isso traria muita dor de cabeça.
Você sabe quais são os elementos básicos que devem conter em um contrato de seguro? São eles:
O risco faz referência a algum acontecimento que traz prejuízo ao segurado (como, por exemplo, risco de assalto, de acidente etc.).
Quando o risco acontece, origina-se o sinistro. Ou seja, o sinistro é a ação que veio a prejudicar o seu veículo e tornar necessária a utilização do seguro.
Já o prêmio é o valor que o segurado paga à seguradora pelo próprio seguro. Fique atento: não pagar o prêmio nas datas previstas pode ocasionar a suspensão ou até o cancelamento do contrato.
Depois que a seguradora é acionada, ela tem um prazo de até 30 dias para realizar a indenização ao segurado.
Por fim, tem-se a apólice do seguro. Trata-se do documento emitido pela seguradora que formaliza a aceitação do risco.
Nesse caso, a apólice é o que garante ao assegurado toda a proteção em caso de sinistros.
Perceba que existem vários detalhes a que você precisa estar atento em relação à formalização do contrato com a seguradora que você escolheu.
Contratos são documentos extremamente importantes e, por isso, você precisa ter total esclarecimento de tudo o que estiver exposto lá.
É uma forma de garantir clareza dos seus direitos e deveres em relação ao seguro do seu veículo.
Além disso, é muito importante que a parte interessada em adquirir um seguro tenha bem definido o seu próprio perfil de motorista, pois isso também faz diferença no momento da escolha.
Entenda melhor no próximo tópico.
Assim que você procurar uma seguradora, será feita uma análise profunda sobre suas características e informações.
Dentre os aspectos analisados, estão idade, sexo, lugares em que o veículo costuma circular, número de infrações ocorridas, quantidade de vezes que o veículo é utilizado na semana, e, até mesmo, o trajeto percorrido.
Todas essas questões servirão para calcular o valor a ser cobrado, assim como o pacote mais adequado. Não existe um plano de serviço definido previamente, ele será definido conforme as necessidades de cada condutor.
Mas fique atento para não contratar mais do que o necessário e, consequentemente, desembolsar mais dinheiro.
Defina o seu próprio perfil de motorista, observando os danos que normalmente acontecem ao seu veículo. Assim, você saberá exatamente quais são os serviços essenciais.
Algumas apólices oferecem assistência 24h, por exemplo. Num primeiro momento, pode parecer fundamental, mas se o carro for zero quilômetro, provavelmente, no primeiro ano de uso, a montadora cobrirá o reparo sem custo.
Contudo, se o veículo for utilizado com frequência durante o dia e não for zero quilômetro, considere incluir alguns serviços como carro reserva e assistência 24h, pois as chances de danos serão maiores nesse caso.
Outro quesito que merece muita atenção está relacionado ao valor da franquia. No próximo tópico, falo mais sobre essa questão.
A franquia é o valor que será cobrado do assegurado e consiste no dinheiro que o assegurado desembolsará, em caso de sinistro, para o ressarcimento do prejuízo.
Por exemplo, se o valor do prejuízo é de R$3.000 e o valor da franquia é de R$1.000, o assegurado será responsável por pagar apenas o valor da sua franquia, enquanto a seguradora deverá cobrir o restante.
Geralmente, as seguradoras oferecem, em média, 3 opções de franquia. Além dessas, algumas oferecem, também, a franquia isenta.
Optando por essa modalidade, o assegurado fica isento do pagamento de franquia, quando houver necessidade. No entanto, o valor da apólice será mais alto.
A franquia reduzida também não fica muito longe em termos de valores. O preço do seguro é mais caro, mas, ainda assim, o assegurado deverá cobrir alguns prejuízos menores.
A franquia básica ou normal é a que, em geral, é oferecida no mercado e conta com um preço mais em conta e uma franquia maior.
Porém, os serviços só deverão ser acionados quando os danos ao veículo forem maiores.
A franquia ampliada, por sua vez, custa duas vezes mais do que a franquia básica. O seguro é mais barato do que o cobrado pela franquia básica, mas será preciso desembolsar mais para os consertos.
Basicamente, quanto menor o preço do seguro, maior o valor da franquia. Por isso, é imprescindível avaliar qual a maior necessidade, de forma que o dinheiro seja bem utilizado.
Portanto, muito cuidado ao escolher a seguradora! A franquia precisa ter um valor acessível ao seu bolso.
Ao longo deste artigo, você obteve importantes informações sobre seguro de veículos.
Essa leitura é imprescindível, portanto, para quem está em dúvida sobre qual tipo de serviço contratar, uma vez que há uma série de detalhes que precisam ser analisados antes disso.
Você precisa ter em mente, por exemplo, quais são as suas reais necessidades enquanto condutor; ou seja, quais são os maiores riscos a que o seu veículo pode estar suscetível no seu dia-a-dia.
Delimitando o seu perfil e as suas necessidades, fica mais fácil escolher um tipo de seguro compatível com você.
Por falar em compatível, o seguro escolhido precisa caber no seu orçamento, certo? Portanto, tenha cuidado com os valores, para que o custo do seguro não prejudique as suas finanças.
Nesse caso, há uma série de possibilidades e opções de seguradoras que você pode escolher, desde que observe bem o elas oferecem.
Ao escolher a seguradora, também é importante estar atento ao contrato firmado, como forma de segurança para ambas as partes envolvidas.
O fato é que, sem seguro, certamente você está exposto ao risco de arcar, sozinho, com os inúmeros prejuízos que podem surgir ao longo da sua vida enquanto condutor.
Espero que este artigo possa ajudá-lo na sua escolha pela melhor seguradora.
Ficou com alguma dúvida? Deixe um comentário abaixo, para que eu ajude a solucioná-la.
E, claro, dirija com cuidado para evitar acidentes e contribuir para a segurança no trânsito.
Além de manter vidas a salvo, é possível que você ganhe um desconto na renovação do seguro.
Referências:
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