Para se prevenir de multas, conhecer o velocímetro do carro pode ser fundamental.
Ele é um retrato muito próximo da realidade sobre o seu comportamento ao volante.
Você sabe como funciona o velocímetro do carro? E o da moto?
Neste artigo, você terá essa e outras questões respondidas.
Além disso, vai conhecer o velocímetro digital automotivo e entender seu funcionamento. Também verá que existem erros no velocímetro do carro e descobrir quais são eles.
Responderemos uma série de perguntas sobre o assunto, para não deixar margem para equívocos ao volante.
Por falar nisso, você já ouviu aquela história de que a velocidade registrada por radares não é a mesma do velocímetro?
Será que é verdade ou mito?
Essa e outras questões você vai conferir a partir de agora. Interessado? Então, siga a leitura.
Popularmente, por velocímetro, podemos dizer que é um marcador de velocidade.
Tecnicamente, o velocímetro é um instrumento de medida da velocidade instantânea de um corpo em movimento.
Mais complexo, não? Então, vamos explicar e descomplicar.
Esse é um sistema mecânico que trabalha usando a lei de indução magnética.
Mas o que magnetismo tem a ver com velocidade de um carro?
Nesse caso, tem tudo a ver.
Normalmente, o velocímetro fica conectado à roda dianteira ou à caixa de mudanças através de um cabo.
Ainda não dá pra ver onde entra o magnetismo, correto?
E se nós lhe dissermos que um imã fica conectado com todo esse aparato?
O velocímetro precisa ser calibrado conforme o diâmetro da roda e da relação de engrenagens da caixa.
Mas, então, isso significa que, de alguma forma, esse imã fica conectado a esse dispositivo na roda ou na caixa?
Correto!
Quase podemos entender já como funciona o velocímetro. Mas vamos tirar suas dúvidas no próximo tópico.
Preste atenção!
O sensor de velocidade nos velocímetros mais comuns fica perto, principalmente, da caixa de câmbio, em cima de uma roda dentada.
Você já viu o desenho de uma roda dentada?
Ela tem partes para fora (os dentes) e, obviamente, partes para dentro.
Nesse sensor de velocidade, existe a presença de um ímã.
Como a roda dentada é feita de metal, toda vez que um dente passa perto do ímã, existe uma resposta magnética.
Logo, quanto mais rápido a engrenagem girar, mais pulsos magnéticos serão gerados. Afinal, a roda fica mais perto (quando passa um dente) e mais longe (quando passa o intervalo entre os dentes) o tempo inteiro.
E vai mudando frequentemente essa variação.
Você consegue imaginar a reação de um ímã a isso, correto? Agora começou a ficar simples?
Mas como esses pulsos são convertidos em leitura de velocidade?
Conforme a roda dentada se aproxima e se afasta do sensor, vão sendo gerados pulsos elétricos nesse campo magnético.
São milhares de pulsos por minuto.
Basicamente, se a velocidade aumentar, a quantidade de pulsos elétricos também irá aumentar.
Um processador faz a conversão desses pulsos em velocidade.
Por isso, o velocímetro do carro precisa ser aferido pelo Inmetro.
Caso contrário, não seria possível confiar na velocidade que ele registra.
O ponteiro no painel do carro registra um número X de pulsos elétricos para cada velocidade, mudando conforme a quantia. E, obviamente, vai ficando parado quando não existem pulsos.
Simples, não?
Com certeza, você deve estar pensando que um processador é algo bem moderno.
Mas nem tanto.
Digamos que é uma tecnologia que começou a ser mais usada a partir dos anos 90.
Mas e antes, como os velocímetros de carro funcionavam? O sistema era praticamente o mesmo.
Um ímã perto de uma peça que cria um campo magnético e gera uma quantidade maior de pulsos elétricos conforme a velocidade aumenta.
Mas como era feita a conversão para o marcador?
A resposta está em outro ímã. Pelo jeito, quem criou essa tecnologia gostava muito magnetismo.
Mas como esse segundo ímã faz essa conversão?
Basicamente, esse ímã gira mais conforme a velocidade aumenta, e esse giro movimenta o ponteiro.
Quanto mais ele girar, mais o ponteiro irá indicar uma velocidade maior.
Obviamente, para tudo ser medido de forma certa, é feita uma aferição antes.
Agora, você já sabe como funcionam os velocímetros de carros.
Normalmente, ele fica junto à roda da moto.
Também é um sistema composto por ímã que faz a criação de um campo magnético e geração de pulsos elétricos.
O sensor de velocidade nas motos normalmente fica no cubo da roda da frente.
O procedimento é o mesmo: conforme a roda gira, um cabo registra e conduz os pulsos elétricos gerados por esse ímã.
E essa informação é levada para o velocímetro. Vale a mesma coisa do velocímetro do carro.
Motos mais antigas possuem um ímã que gira e faz o ponteiro se mover.
Motos mais novas possuem um processador, que fará a leitura e irá determinar a velocidade.
E em outros meios de transporte, será que o velocímetro é diferente?
A título de curiosidade: você sabe como é medida a velocidade de um avião ou de um barco?
Diferentemente do carro, não existe uma roda ou engrenagem girando, na qual possa ser usado um ímã para indicar a quantidade de giros.
No caso do avião, a solução foi medir a pressão do ar que passa pela aeronave.
Mas, como assim?
Basicamente, o velocímetro do avião é composto por um tubo que absorve (engole) o vento que passa pela aeronave durante o voo.
Esse ar fará pressão em uma câmara.
Obviamente, quanto maior a velocidade, maior a pressão. Um dispositivo faz a conversão dessa pressão em velocidade.
Simples de pensar, mas bem complexo na prática, certo?
E o do barco?
No caso de embarcações, é usado o mesmo sistema que nos aviões, com uma pequena mudança: ao invés de medir a pressão do ar, o tubo mede a pressão da água.
O tubo nos barcos fica normalmente embaixo da embarcação.
A água entra nele vai para uma câmara, onde fará pressão, e lá um dispositivo faz a conversão dessa pressão em velocidade.
E como funciona o velocímetro digital automotivo?
Ele é diferente do velocímetro analógico? Leia o próximo tópico e fique sabendo!
A primeira mudança mais visível é que, no velocímetro digital, a velocidade é mostrada em um painel de LCD.
Nele, aparece o número correspondente à velocidade empregada pelo veículo no momento.
Ou seja, não é mais utilizado o sistema de ponteiro que sobe e desce, como ocorre no modelo analógico.
Assim, você terá uma visualização bem mais precisa da velocidade.
É a mesma diferença de olhar as horas em um relógio analógico e em um relógio digital.
A leitura é feita do mesmo modo que explicamos anteriormente, através dos pulsos elétricos gerados pela aproximação e distância da roda dentada em relação a um ímã.
Por isso, esse sistema depende de uma calibração muito precisa, a fim de informar a velocidade correta em seu marcador.
Existe um erro no velocímetro do carro que vem de fábrica, e é proposital.
Como assim?
Para diminuir o risco de acidentes, os equipamentos mostram uma velocidade acima daquela que seu veículo realmente está.
Mas por que isso?
Para aqueles motoristas que gostam de correr acharem que estão indo em uma velocidade maior, quando, na verdade, não estão indo tão rápido assim.
Isso faz com que os acidentes sejam menos graves do que poderiam ser.
E olha que os acidentes no trânsito brasileiro já são bem graves, imagine se não houvesse essa margem.
Mas qual é essa margem? Ela é móvel.
Isso significa que, quanto maior a velocidade, maior será a margem de erro.
Por exemplo, até os 80 km/h, que é o limite de velocidade de grande parte das rodovias brasileiras, a margem de erro é de apenas 3 a 5 km/h.
Ou seja, a marcação é quase precisa.
Entretanto, se você pisar mais no acelerador e passar para 140 km/h, velocidade que não é permitida em nenhuma via nacional, a margem sobe para 10 km/h.
Ou seja, na prática, seu veículo vai estar a 130 km/h.
Se o condutor acelerar ainda mais e colocar o veículo a 180 km/h, a margem sobe para 15. Ou seja, a velocidade real é de 165 km/h.
E se o carro for ainda mais potente, e o condutor colocar 200 km/h, a margem vai para 20. Ou seja, a velocidade real fica em torno de 180 km/h.
Espantado?
Mas acredite, essa medida faz com que os acidentes sejam bem menos trágicos do que poderiam ser.
Afinal, aquele motorista que quer sentir a adrenalina de dirigir a 200 km/h, se bater, causará um dano a si e para os outros de 180 km/h.
Pode parecer uma diferença pequena, mas na prática é bem grande.
Além disso, você sabia que os radares, tanto móveis quanto pardais, possuem uma margem de erro?
Eles registram uma velocidade em média 10% menor do que a velocidade real.
Justamente para evitar que você seja multado caso o velocímetro do seu carro esteja desregulado para cima.
E também para mostrar a velocidade que provavelmente o veículo esteja de verdade.
É uma proteção que a legislação brasileira dá para nossos motoristas.
Agora imagine, se o velocímetro do carro está marcando mais do que a velocidade real, e o pardal registrando menos do que você está vendo no marcador.
Faz sentido o motorista receber uma multa por excesso de velocidade, certo?
Afinal, ele ultrapassou aquela margem em mais de 10%. Vale salientar que em velocidades acima de 100 km/h, essa margem cai para 7 km/h, deixando de ser os 10% anteriores.
Caso você seja multado por excesso de velocidade, entre em contato conosco.
A equipe do Doutor Multas é composta por consultores especialistas na área administrativa de direito de trânsito.
Nós já ajudamos mais de 5.200 motoristas a não perderem suas habilitações.
E lembre sempre: é seu direito recorrer em todas as instâncias, e estamos aqui para ajudá-lo nesse processo.
Assim, você não vai precisar esquentar tanto a cabeça e suas chances de vitória serão muito maiores.
A maioria dos recursos é negada porque os condutores não souberam utilizar uma linguagem adequada e argumentos técnicos, com base na lei.
Aliás, já que estamos falando em erros em velocímetro de carro, também podem ocorrer erros de aferição.
Por exemplo: você trocou o tamanho das rodas do seu veículo e, no caso do seu carro, o sensor fica nas rodas.
Ele está programado para rodas de um determinado tamanho, ou seja, a leitura com as rodas novas estará errada.
Nesse caso, você precisa levar seu veículo em um mecânico especializado.
Com o passar do tempo o equipamento pode ter sofrido desgaste também.
Então, se seu carro for antigo, é bom dar uma conferida nesse sistema.
Contudo, se você fizer alguma alteração em algum mecanismo fundamental, trocar rodas ou a caixa do carro, por exemplo, fique atento.
É importante levar em um especialista para ele fazer a aferição.
Isso evitará que você receba multas no futuro devido ao seu marcador registrar uma velocidade incompatível com a que seu veículo estava naquele instante.
Em caso de dúvida, procure um mecânico da sua confiança.
Vamos conferir agora perguntas e respostas comuns sobre velocímetro do carro:
Isso é feito através do GPS.
O aparelho está conectado via satélite. Por isso, ele irá fazer a leitura do local onde você se encontra no mapa, e o tempo que demora para percorrer determinado trajeto.
Obviamente, se você ficar sem sinal, a eficiência desse sistema “vai por água abaixo”.
Nesse caso, quando o sinal volta, ele calcula quanto tempo você demorou para chegar a outro ponto.
Contudo, ele irá pensar na rota mais próxima.
Se você andou em círculos, por exemplo, essa distância só será computada se o sistema estiver conectado.
Caso contrário, ele “pensará” que você andou em linha reta.
Além disso, esse sistema conta com uma pequena margem de erro.
A precisão do sistema GPS pode variar em 10 metros, ou seja, é uma margem pequena de erro, mas existe.
Além disso, o GPS marca a distância horizontalmente, pois ele não consegue diferenciar subidas e descidas.
Por exemplo, se você subir a serra, a velocidade marcada pelo GPS não será a real, pois a distância marcada na estrada, pensada como uma reta, não é a mesma dela enquanto subida.
Ou seja, na subida, a quilometragem percorrida é maior do que se aquele trajeto fosse plano, mas o GPS não diferencia isso.
Em tese, não. Ambos são feitos para apresentarem a mesma margem de erro sobre a qual falamos anteriormente.
São três.
Conforme o artigo 218 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):
“Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:
I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento):
Infração - média;
Penalidade - multa;
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinqüenta por cento):
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação.”
Lembrando que a infração média gera 4 pontos e multa de R$ 130,16.
A infração grave 5 pontos e multa de R$ 195,23.
Já a multa gravíssima 7 pontos e multa de R$ 293,47. Nesse caso, como é vezes 3, a multa vai para R$ 880,41.
Vale ressaltar que, se você for pego dirigindo com uma velocidade 50% superior à máxima permitida, mesmo que ainda não tenha somado os 20 pontos, sua CNH será suspensa.
Mas por que ocorre isso?
Devido a gravidade do ato essa é uma das infrações que gera a suspensão automática da CNH, mesmo que o condutor nunca tenha recebido nenhuma outra multa.
O ideal é sempre buscar esse tipo de equipamento em um estabelecimento confiável.
Mas para pesquisa de preços, a internet é uma importante aliada.
No site Mercado Livre, por exemplo, o velocímetro digital está na média de R$ 130,00 a R$ 380,00.
Se o seu veículo possui um velocímetro analógico e você deseja alterar para o digital, procure um especialista.
Ele dirá para você o que pode ser feito e poderá aconselhar sobre quais são as marcas mais confiáveis.
A explicação é muito menos racional do que pode parecer.
As pessoas costumam ser muito visuais.
Então, por mais que você nunca vá testar se seu carro realmente alcança 280 km/h, essa velocidade pode aparecer no velocímetro.
Isso impressiona os motoristas, que olham e inconscientemente pensam “eu tenho um carro potente”.
Quando na verdade, bem provavelmente, aquele veículo não chegue nem perto dessa velocidade.
Por exemplo: o Punto T-Jet tem um velocímetro que chega a 270 km/h. Contudo, conforme a empresa, ele chega no máximo a 203 km/h.
Ou seja, o velocímetro marca 67 km/h a mais do que o que o carro consegue atingir.
Lembrando que o velocímetro marca uma velocidade maior que a real.
Ou seja, a velocidade na prática é ainda menor.
É tudo um jogo de imagens para o condutor ser um consumidor ainda mais ávido.
Afinal, quem não quer um carro potente, certo?
Neste artigo, você aprendeu o que é um velocímetro de carro. Você pode continuar sua pesquisa lendo mais aqui no site do Newton Braga.
Conferiu também como o instrumento funciona em carros, motos, aviões e embarcações.
Viu que o sistema consiste basicamente em um ímã que cria um campo magnético e envia pulsos elétricos que são traduzidos em velocidade.
Ainda entendeu as diferenças entre velocímetros analógicos e digitais.
E aprendeu que ambos vêm com uma margem de erro de fábrica.
Ela existe para garantir a segurança dos motoristas e aumenta conforme o condutor vai mais rápido que o limite permitido.
Você também conferiu que os radares possuem uma margem de segurança, que costuma ser de 10% por cento até 100 km/h e de 7 km/h após isso.
Outra informação importante é que a velocidade mostrada pelo GPS também pode não estar precisa e que, por isso, não dá para confiar cegamente nela.
E não podemos deixar de destacar que, se você mudar o tamanho das rodas do veículo, provavelmente o sistema de medição de velocidade será comprometido.
Nesse caso, vai ser preciso levar o carro em um especialista para reparo.
Afinal, não dá para arriscar receber uma multa por isso.
Ficou com alguma dúvida sobre este artigo?
Então, entre em contato conosco.
Nossa equipe está sempre a sua disposição para ajudá-lo tanto a tirar dúvidas quanto em questões jurídicas.
Doutor Multas é a melhor solução para ajudar você a ganhar recursos de multas, com a maior taxa de vitória para os clientes.
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