É importante apertar a calota do seu carro com frequência para evitar o pior, ainda mais quando se vai descer uma serra. Sim, esse é um grande perigo e pode vir à tona no pior momento. Numa situação emergencial como essa que se descobre os maiores problemas do seu carro.
Dos diversos problemas que podem surgir da queda das calotas, o vazamento dos cilindros de roda do freio traseiro é um dos mais comuns. Para saber se existe algum sinal disso, repare por onde o carro passa e se os pneus de trás estão deixando alguma marca no asfalto diferente das marcas de frenagem.
Caso os pneus estejam apenas marcando o asfalto de um dos lados, isso quer dizer que apenas um dos lados do freio realmente está sendo acionado. Outra situação que pode ocorrer, é a marca de pneu aparecer alguns metros na frente, o que indica uma desregulação do freio de trás.
Não importa qual desses sinais o seu carro deu, isso é uma razão para levar o carro no mecânico e investigar o que está acontecendo. É importante notar esses sinais para não descobrir isso nos piores momentos.
O que pode levar minhas calotas a soltarem? Você costuma descer a serra segurando o freio? Tenha em mente que vários problemas surgem dessa situação. O excesso de calor é o mais comum, um disco de freio pode chegar a mais de 400ºC, o que leva o resto do aparato a aquecer também.
Porque a calota do carro solta?
O superaquecimento das rodas pode levar às calotas a se desprenderem. Geralmente essas calotas não são as originais e acabam tendo leves deformações com o calor, fazendo com que o encaixe afrouxe. No buraco seguinte as calotas pulas da roda.
Esse é o famoso “barato que sai caro”, já que essas calotas de segunda linha custam muito menos que as originais. Existe um motivo para isso, as calotas originais são feitas de materiais específicos e reforçados exatamente para prevenir que elas se soltem. A princípio o mais barato pode parecer mais em conta, mas é o original que é realmente mais seguro e vai precisar ser trocado menos vezes.
Freio borrachudo – Ar no sistema de freio
Você já leu o manual do proprietário do seu veículo? Um outro problema muito frequente por conta do aquecimento excessivo da roda é o “freio borrachudo”. É muito comum que aconteça quando o dono não troca o óleo de freio com a regularidade adequada que o manual recomenda.
“E com que frequência devo trocar o óleo de freio?” Normalmente é a cada 2 anos ou por 20 mil km rodados.
Por qual razão isso acontece?
O óleo em si é responsável por absorver a água que está na parte interna do disco de freio. Não fazer a troca regular, acaba permitindo que um óleo impuro e úmido fique no local.
Quando o óleo aquece, bolhas de ar sobem e invadem o sistema de freio, gerando sérios perigos e dando a sensação de que o freio está borrachudo.
Perda de eficiência de freio
Caso você sinta que o freio começou a perder sua força habitual, encoste o carro rapidamente em algum acostamento ou área própria para isso. Espera 30 minutos até que o veículo esfrie e permita que siga viagem.
Não encoste na roda com as mãos nuas. Nem no pneu e nem na calota. Ser descuidado com isso pode acabar gerando uma queimadura séria e atrapalhar a direção.
Disco de freio empenado
Outra opção que pode levar a calota a se soltar é com relação ao disco de freio. As calorias trocadas entre o disco e a pastilha são enormes, gerando alterações físicas nesses itens. A região externa acaba se tornando lisa, reduzindo então o atrito gerado no momento de frear.
Na linguagem popular, os mecânicos dizem que o disco ficou vitrificado ou espelhado. Não há outro jeito, caso isso ocorra, os itens precisarão ser trocados.
Caso os discos em si sejam muito finos, podem acabar empenando também. Uma causa muito comum disso é o choque térmico. Imagine que o disco está extremamente quente e o veículo passa por uma poça de água. O choque térmico ocorre e uma deformação permanente surge. O maior sinal de que o disco se empenhou é que o volante treme toda a vez que você pisa no freio.
Como descer a serra corretamente?
Olhe com atenção para as placas da estrada, perceba quando elas pedirem para que o veículo desça engrenado. Dessa forma, você consegue evitar um grande desgaste do sistema e garantir um controle muito maior.
Caso o carro seja automático, as posições 2 e 3 da alavanca vão permitir que o freio não se esquente muito. E não fique tão nervoso com o gasto do combustível, pois sem o pé no acelerador e nessa situação, ele não será gasto. O módulo da injeção impedirá que os bicos injetores se abram.