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Secretário de SP Afirma Que Mulheres no Volante Podem Ajudar a Reduzir Acidentes

A lei de trânsito mudou e a sua CNH pode estar em risco! Você tem uma multa e quer evitar a perda da habilitação? Clique aqui e fale com o especialista!

mulheres ao volante capa

As afirmações referentes às mulheres e aos prováveis perigos no trânsito existem faz muito tempo, seguramente antes mesmo de eu e você nascermos.

E, muitas vezes, mesmo não sabendo de onde surgiram essas convicções preconceituosas, continuamos reproduzindo, gerando algumas situações constrangedoras nos transportes públicos e no trânsito.

Para mudar essa realidade, a Transportes Urbanos Piratininga LTDA (TUPI), empresa que presta serviço de transportes coletivo na Zona Sul da cidade de São Paulo (SP), resolveu dar um importante passo.

Desde 2016, a TUPI opera com a chamada Linha Rosa, que teve, desde a sua criação, o objetivo de inserir e incentivar a contratação de mulheres em empresas de transportes públicos.

Atualmente, são 8 mulheres que trabalham no circular, que faz o trajeto do Aeroporto de Congonhas e do metrô São Judas.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), as mulheres representam 12% dos profissionais nessa área, contabilizando 5.000 dos 40.000 cobradores e motoristas que atuam na cidade.

Entretanto, conforme Francisco Christovam, presidente da SPUrbanuss, apesar da crescente presença de mulheres nessas empresas, ainda é difícil que esses espaços sejam assumidos por elas, muito por causa dos horários em que os serviços são operados.

Conforme Christovam, levando em conta que as mulheres desempenham diferentes funções em suas vidas, o horário estipulado acaba não sendo favorável à elas.

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Em entrevista para Folha de São Paulo, a motorista Amanda Alcedino, 38 anos, conta que concilia trabalho e casa desde que começou a conduzir pela linha de transporte público paulista, há 12 anos.

Porém, ela também afirma a necessidade de compreensão, por parte da empresa, em caso de imprevistos.

 

Homens superam mulheres em números de acidentes

mulheres ao volante homens acidentes
Você sabia que os homens são responsáveis pela maioria dos acidentes de trânsito?

O especialista em transporte público do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), Gabriel Tenenbaum, em entrevista à colaboradora da Folha Thaiza Pauluze, afirmou que o assédio com as mulheres diminuiria se elas assumissem mais postos em empresas de transportes.

Também em entrevista à Folha, Ernandes dos Santos, gerente de operações da empresa TUPI, apresentou um dado interessante.

Segundo o gerente, o número de reclamações quanto ao comportamento e imprudências dos condutores diminuiu desde que as mulheres passaram a fazer parte da frota.

Ernandes afirma que antes a média era de 25 queixas por mês.

Atualmente, chegam a duas reclamações por mês.

Sergio Avelleda, secretário municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo, acredita que ter mais mulheres na direção ajudaria também na redução de acidentes.

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Ele afirmou, na reportagem, que 93% das mortes no trânsito na cidade de São Paulo são causados por homens.

Avelleda também chegou a afirmar que se fosse possível proibir que os homens dirigissem, seriam reduzidas 850 mortes por ano, que é o número que atualmente registra a cidade.

Você acha que essa afirmação foi um exagero? Pois saiba que dados comprovam que talvez o secretário esteja correto em sua afirmação.

Conforme o gerente de operações da empresa TUPI, na Linha Rosa acontece, em média, 1 acidente a cada 3 meses e, normalmente, são de natureza leve.

Em outras linhas da empresa, de acordo com Ernandes, são 4 acidentes a cada mês.

 

O Que Diz a Legislação?

mulheres ao volante legislação
Em SP, 30% das vagas em empresas de ônibus devem ser ocupadas por mulheres.

A Constituição Federal Brasileira, de 1988, em seu Art. 5º, dispõe o seguinte parágrafo:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

 I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

 II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.”

Como você pode perceber, no Brasil, a legislação aponta que todos somos iguais. Portanto, homens e mulheres devem ter os mesmos direitos.

Com isso, tendo o respaldo da lei, no ano de 2015, mais precisamente no dia 10 de dezembro, foi publicada, pela Prefeitura de SP, uma importante medida.

A partir desse dia ficou estabelecido que 30% das vagas de trabalho em empresas de ônibus da cidade deveriam ser destinadas às mulheres.

A iniciativa foi fruto de uma parceria entre as secretarias de Transportes, de Políticas para Mulheres e de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo.

Registrada na Portaria Intersecretarial 002/15-SMT-SDTE, a nova regra exige que as empresas de transporte realizem campanhas de divulgação sobre as vagas disponíveis e que incentivem as mulheres a ocuparem esses cargos.

A Prefeitura, ao aprovar a medida, contou que teve como objetivo aprimorar o sistema de transporte, fornecendo mais diversidade nesse serviço tão essencial.

Segundo o então prefeito Fernando Haddad, a presença feminina na direção do veículo ou como colaboradora das empresas ajudaria a inibir os maus elementos que desrespeitam as mulheres diariamente nos transportes públicos.

Nos últimos anos, campanhas estão sendo feitas para que as convicções em relação às mulheres e à má condução de veículos sejam descartadas do vocabulário masculino.

Um exemplo é a campanha da montadora Renault #EuDirijoQUeNemMulher.

Apresentando dados referentes ao número de infrações causadas por homens no trânsito, que chega a ser 70 % das infrações cometidas, a empresa lançou a campanha em suas redes sociais, que foi visualizada por milhões de pessoas.

Ainda conforme os dados apresentados no vídeo, 71 % dos acidentes de trânsito são provocados pelos homens, que também representam 65% dos motoristas que avançam o sinal amarelo, quando apenas 15% das mulheres fazem isso.

 

A Situação em Outros Países

Desde o final do século XIX, quando as mulheres passaram a lutar por melhores condições de vida e de trabalho, o mundo passou a registrar momentos históricos de conquistas e desafios femininos.

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Recentemente, mais um desses momentos aconteceu, inclusive noticiamos aqui no site para você, mas vale relembrar.

No dia 26 de setembro de 2017, o rei da Arábia Saudita, Salman Bin Abdelaziz, autorizou que as mulheres pudessem adquirir carteiras de motoristas na Arábia Saudita, país ultraconservador do continente Asiático.

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Segundo notícia publicada no site G1, essa medida entrará em vigor em junho de 2018, mas não se sabe mais detalhes a respeito.

Até então, as mulheres estavam impedidas de dirigir no país, que não possui, na lei, essa proibição, entretanto, emite apenas para os homens o documento de habilitação.

Caso uma mulher assumisse o volante, correria o risco de ser multada e detida pela polícia, podendo até mesmo ser julgada por uma corte antiterror.

 

Conclusão

mulheres ao volante conclusão
Você concorda com a opinião do secretário?

Como sempre apresento nos artigos do site, é preciso lembrar que o trânsito é formado por pessoas.

Atrás de cada volante, há um ser humano, que precisa estar ciente da responsabilidade que tem ao conduzir seu veículo.

Para isso, não interessa o gênero, desde que esteja ciente de seu compromisso.

As mulheres conquistaram espaço no mercado de trabalho brasileiro, e é muito comum que também estejam assumindo cada vez mais a direção de automóveis.

A medida que estabelece que 30% das vagas em empresas de transportes na cidade de SP sejam destinadas às mulheres é um importante passo para que a legislação brasileira, que determina que todos sejam tratados iguais, seja cumprida.

O que você achou da frase do secretário? Concorda que a presença feminina será capaz de reduzir os acidentes? Deixe sua opinião!

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Referências:

  1. https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/01/1952987-mulheres-na-direcao-podem-ajudar-a-reduzir-acidentes-diz-secretario-de-sp.shtml
  2. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
  3. https://www.imprensaoficial.com.br/Certificacao/GatewayCertificaPDF.aspx?notarizacaoID=8ea2f04a-9d77-488d-a0f1-0e9415e69e5a
  4. https://g1.globo.com/mundo/noticia/rei-autoriza-mulheres-a-obterem-licenca-para-dirigir-na-arabia-saudita.ghtml

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